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Filho de Satélite relembra luta do pai pela pavimentação da BR-163 e descentralização da Saúde: 'precursor'
Da Redação - Airton Marques / Do Local - Gustavo Castro
"Precursor". Essa foi a definição dada pelo filho do ex-deputado Pedro Satélite, Márcio Wiegert, ao falar sobre a trajetória política do pai, que faleceu na madrugada desta sexta-feira (5), no Hospital São Matheus, em Cuiabá. O corpo do político está sendo velado no Teatro Zulmira Canavarros, anexo ao prédio da Assembleia Legislativa (ALMT).
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Ao falar sobre o pai, Márcio, que trabalhou com o político nos anos em que ele esteve no Legislativo mato-grossense, afirmou que Satélite se destacou pela defesa da BR-163, sendo um dos primeiros a defender a pavimentação da estrada primordial para o crescimento econômico de Mato Grosso.
"Meu pai foi quem começou, em meados de 1986, a briga pelo asfaltamento da BR-163. Chamavam ele de 'Pedro BR' em 1990, quando assumiu, e diziam que era uma utopia. Foi conscientizador da classe política do Pará e do Brasil e que culminou no que hoje é a BR-163 e no desenvolvimento do nosso Estado", afirmou.
Márcio também ressaltou que a Saúde era um setor de atenção do pai, que chegou a criar uma casa de apoio para pacientes do interior de Mato Grosso e que precisavam de tratamento na capital.
"Teve uma participação importante na descentralização da Saúde. Deu sugestão ao então secretário Guilherme Muller para a criação dos hospitais regionais. Tínhamos uma casa de apoio que chegou a atender 100 pessoas ao mesmo tempo. Antigamente, se quebrava um braço no interior e era preciso vir para o pronto-socorro de Cuiabá", disse.
"Meu pai foi o primeiro a se dedicar a isso. Em todo período em que foi deputado, sempre se preocupou com a Saúde. Ele era um grande amigo, que tinha o coração maior do que ele. Vai deixar um legado de honestidade e seriedade", acrescentou.
Por fim, o filho de Satélite explicou que o pai tratava de um câncer no pâncreas há dois anos e meio e nesta madrugada teve uma complicação do tromboembulismo pulmonar, que foi o causador da morte. "Passamos a semana na UTI do Hospital São Matheus e infelizmente ele não conseguiu recuperação".
Trajetória
Pedro Satélite nasceu em Dionísio Cerqueira (SC) e chegou em Mato Grosso em 1978, quando expandiu os negócios como empresário do ramo de transporte de passageiros. A empresa Transportes Satélite, da qual era sócio, foi uma das primeiras a atuar no norte do Estado, realizando o transporte de migrantes do Sul do país para colonizar o norte do Estado.
Foi daí que veio o sobrenome Satélite. Ele iniciou a vida pública, em 1986, em Guarantã do Norte, onde foi vice-prefeito e prefeito. Em 1990 disputou pela primeira vez uma cadeira na Assembleia Legislativa, alcançando a primeira suplência, vindo a exercer o mandato pelo período de três meses.
Em 1994 foi eleito deputado estadual, reelegendo-se em 1998 e 2002. Nas eleições de 2006, Pedro Satélite obteve 19.452 votos e ficou na primeira suplência, assumindo o mandato por alguns meses. E na eleição de 2010, ficou novamente na primeira suplência, mas, em 2013, assumiu como titular. Foi reeleito em 2014 pelo PSD e ficou na suplência em 2018. Já em 2022 decidiu disputar uma cadeira na Câmara Federal e foi derrotado.
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"Meu pai foi quem começou, em meados de 1986, a briga pelo asfaltamento da BR-163. Chamavam ele de 'Pedro BR' em 1990, quando assumiu, e diziam que era uma utopia. Foi conscientizador da classe política do Pará e do Brasil e que culminou no que hoje é a BR-163 e no desenvolvimento do nosso Estado", afirmou.
Márcio também ressaltou que a Saúde era um setor de atenção do pai, que chegou a criar uma casa de apoio para pacientes do interior de Mato Grosso e que precisavam de tratamento na capital.
"Teve uma participação importante na descentralização da Saúde. Deu sugestão ao então secretário Guilherme Muller para a criação dos hospitais regionais. Tínhamos uma casa de apoio que chegou a atender 100 pessoas ao mesmo tempo. Antigamente, se quebrava um braço no interior e era preciso vir para o pronto-socorro de Cuiabá", disse.
"Meu pai foi o primeiro a se dedicar a isso. Em todo período em que foi deputado, sempre se preocupou com a Saúde. Ele era um grande amigo, que tinha o coração maior do que ele. Vai deixar um legado de honestidade e seriedade", acrescentou.
Por fim, o filho de Satélite explicou que o pai tratava de um câncer no pâncreas há dois anos e meio e nesta madrugada teve uma complicação do tromboembulismo pulmonar, que foi o causador da morte. "Passamos a semana na UTI do Hospital São Matheus e infelizmente ele não conseguiu recuperação".
Trajetória
Pedro Satélite nasceu em Dionísio Cerqueira (SC) e chegou em Mato Grosso em 1978, quando expandiu os negócios como empresário do ramo de transporte de passageiros. A empresa Transportes Satélite, da qual era sócio, foi uma das primeiras a atuar no norte do Estado, realizando o transporte de migrantes do Sul do país para colonizar o norte do Estado.
Foi daí que veio o sobrenome Satélite. Ele iniciou a vida pública, em 1986, em Guarantã do Norte, onde foi vice-prefeito e prefeito. Em 1990 disputou pela primeira vez uma cadeira na Assembleia Legislativa, alcançando a primeira suplência, vindo a exercer o mandato pelo período de três meses.
Em 1994 foi eleito deputado estadual, reelegendo-se em 1998 e 2002. Nas eleições de 2006, Pedro Satélite obteve 19.452 votos e ficou na primeira suplência, assumindo o mandato por alguns meses. E na eleição de 2010, ficou novamente na primeira suplência, mas, em 2013, assumiu como titular. Foi reeleito em 2014 pelo PSD e ficou na suplência em 2018. Já em 2022 decidiu disputar uma cadeira na Câmara Federal e foi derrotado.