O senador Jayme Campos (União) saiu em defesa do projeto que tramita no Congresso Nacional que proíbe as saídas temporárias de presos das unidades prisionais, as “saidinhas”, em feriados e datas comemorativas.

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Ao defender a ideia, Jayme comentou que na liberação ocorrida no ano passado, devido às festas de final de ano, mais de três mil reeducandos não retornaram aos presídios.

“Só no mês de dezembro de 2023, três mil presos que foram beneficiados não voltaram para os presídios. O mais grave, saíram pessoas de alta periculosidade, marginais que tinham cometido as maiores barbaridades em termos de homicídio, latrocínio, traficantes e narcotraficantes. Nós não podemos continuar com isso, causando insegurança total no setor da segurança pública do Brasil”, ressaltou.

Nos bastidores, comenta-se que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve vetar a proposta, caso aprovada. No entanto, Jayme disse que os parlamentares estão preparados para dar uma resposta ao petista.

“Se ele vetar, nós derrubamos o veto. Você tem dúvida? Nenhuma né? O fim da saidinha é uma necessidade. Tanto é verdade que foi aprovado, eu acho com a maior rapidez possível que aconteceu no Congresso Nacional. Eu, particularmente, defendo essa tese há muito tempo. É inconcebível”, frisou.

A matéria já foi aprovada na Câmara Federal e no Senado e agora retorna ao Legislativo para uma nova votação. A saidinha é prevista na Lei de Execução Penal e é concedida ao preso que cumpre pena em regime semiaberto, sem condenações por crimes hediondos.

Os parlamentares que querem acabar com o benefício alegam que a medida não contribui para a segurança pública do país e que muitos criminosos aproveitam o momento em que estão fora do presídio para cometer crimes ou não retornam aos presídios.