Depois de dizer que analisaria a proposta de estadualização do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), o governador Mauro Mendes (União) subiu o tom e cobrou que os órgãos de controle investiguem o motivo de a gestão na Saúde de Cuiabá ter retrocedido nos últimos três meses, após o fim da intervenção do estado.
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Mauro ressaltou que o governo não pode assumir a responsabilidade de todas as áreas em que o município não cumpre o seu dever, por isso, antes de qualquer decisão, é necessário saber os motivos que levaram à crise.
“Não pode a prefeitura colapsar, ter todos os problemas que está tendo, e transferir a sua responsabilidade. Tem que explicar primeiro claramente porque colapsou em três meses, se no ano passado vinha funcionando tudo bem. O que que aconteceu?”, questionou.
O governador lembrou que no ano passado, a equipe de intervenção conseguiu solucionar alguns gargalos da área, como falta de medicamento, de médicos e da fila de cirurgia, que, atualmente, voltaram a ser pontos de reclamações da população.
“Pegamos num caos em 10 meses, não colocamos lá um centavo a mais além do orçamento que era o devido pela própria prefeitura, dentro do orçamento, planejado por eles e a saúde veio se recuperando, veio melhorando, atacamos a fila, colocamos remédio, ou seja, cumpriu com dignidade o trabalho que tem que ser prestado pela saúde pública. Então, antes de dar essa resposta, eu quero uma resposta primeiro, eu e qualquer cidadão cuiabano quer isso, o que que aconteceu nesses três meses que colapsou”, ressaltou.
A proposta de estadualização foi feita pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, durante a entrega das contas de governo de 2023. De acordo com o conselheiro, a medida garantiria o melhor atendimento de recursos para a Saúde, que acumula passivos financeiros.