Uma mulher, identificada como O.P.S., foi detida pela Polícia Militar suspeita de ter cometido intolerância religiosa, em uma padaria, na cidade de Alto Garças (360 km de Cuiabá). A vítima representou criminalmente contra a mulher, que estaria bêbada no momento do crime.

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O fato ocorreu na última sexta-feira (17). Os policiais militares informaram que receberam uma denúncia de um homem que havia sofrido intolerância religiosa no estabelecimento.
 
No local, o homem falou aos militares que a suspeita criticou e desferiu ofensas a sua religião. A vítima ainda acrescentou que a mulher “denegriu a sua imagem”.
 
Na sequência, foi dada voz de prisão à suspeita que aparentava estar bêbada. Ela foi encaminhada à delegacia para procedimentos.
 
A vítima procurou a autoridade policial e manifestou o desejo de representar criminalmente contra a suspeita pelo crime de injúria referente à religião.
 
A audiência de custódia
 
Na audiência de custódia realizada no sábado (18), a juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, da Vara única de Itiquira (350 km de Cuiabá), concedeu liberdade provisória à mulher.
 
A magistrada sustentou que não existem elementos suficientes para a manutenção da prisão.
 
“Não há nos autos indícios de que a custodiada gere desordem pública, que solta irá prejudicar a colheita de provas ou evadir-se com o intuito de prejudicar uma possível condenação. No mais, a custodiada é primária”, diz trecho da decisão.
 
Entretanto, O.P.S. terá que cumprir medidas cautelares como: Não sair da cidade sem autorização, devendo comunicar ao juízo qualquer alteração de endereço, comparecer a todos os atos do processo, não frequentar bares, estabelecimentos similares, bem como proibição de ingestão de bebida alcoólica e substâncias que possam causar dependência física e psíquica e proibição de entrar em contato com a vítima por qualquer meio de comunicação.