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Lúdio Cabral usa Audiência Pública para debater tema político sobre o centro histórico de Cuiabá; assunto será mote da campanha

Da Redação - Max Aguiar

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) realizou, na sexta-feira (24), na Praça Alencastro, região central, audiência pública para discutir políticas para o desenvolvimento do Centro Histórico de Cuiabá. A ideia foi obter sugestões para melhorar o conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do local.  

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No evento, realizado no período matutino, o parlamentar aproveitou para ouvir sugestões e dar voz às pessoas que trabalham e atuam no centro histórico de Cuiabá e que, segundo o parlamentar, resistem mesmo com o abandono e com o descaso do poder público. O objetivo da audiência pública foi melhorar a infraestrutura do local e a segurança das pessoas e dos turistas que visitam a capital mato-grossense. 

O Centro Histórico de Cuiabá e o entorno dele, de acordo com Lúdio Cabral, têm problemas complexos que precisam ser enfrentados. O centro precisa ter visibilidade e ser reconhecido. “Há abandono dos imóveis históricos que foram tombados pelo patrimônio histórico nacional. Precisamos cuidar das pessoas que vivem em situação de rua. A região central tem problemas de saúde e sociais que precisam ser enfrentados”, disse o parlamentar. 

Para o parlamentar, a segurança pública precisa identificar a raiz dos problemas e proteger o patrimônio das pessoas no centro histórico. Segundo ele, o comércio na região central precisa ser incentivado. “A migração do comércio para os shoppings centers esvaziou o centro histórico, por isso precisa de incentivo, de crédito e de apoio. É preciso movimentar a região para revitalizar o comércio”, afirmou Cabral.

Apesar de todos os problemas, a maior riqueza de Mato Grosso pode ser revitalizada a partir do centro histórico. Que segundo Cabral, é a cultura, a dança, a gastronomia, o artesanato e as artes plásticas. “O grande desafio é fazer que o centro seja ocupado de forma cotidiana pelas pessoas da cidade e pelos turistas. Para que os problemas complexos sejam superados”, explicou Cabral. 

Cabral citou que a região central de Cuiabá não tem banheiro público. “Se uma pessoa vem para o centro e precisa fazer algum tipo de necessidade, depende de favor de algum comerciante. Para poder usar banheiro. Isso é simples para ser superado, em função de coisas mais graves. Infelizmente, as pessoas que trabalham no centro, convivem com isso diariamente”, observou o parlamentar.

Para o parlamentar, há outros abandonos que são históricos como, por exemplo, no Morro da Luz. “É um parque municipal e é um patrimônio abandonado. Não dá para usar como desculpa que não há como enfrentar os problemas por causa das pessoas que vivem em situação de rua. Não é esse o discurso que o poder público deve fazer”, disse Cabral.

A vice-presidente do Muxirum de Cuiabá, Tânia Matos Arruda, afirmou que existe uma letargia por parte do poder público em resolver os problemas do Centro Histórico de Cuiabá. “É importante tornar público a mazela e o descaso que os gestores têm com a região histórica da capital de Mato Grosso”, disse Matos.

Na opinião dela, o mais urgente a ser sanado na região é a segurança pública. “É preciso tratar da humanização das pessoas que estão morando no centro histórico”, mas segundo Matos, "é preciso haver acolhimento da urbanização para quando você chegar no centro histórico não sair correndo. O centro histórico tem que atrair as pessoas de Cuiabá e os turistas”, destacou Tânia Matos.

O diretor da Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá, Roberto Peron, afirmou que falta vontade política para colocar o centro em evidência. Segundo ele, tudo é urgente para o Centro Histórico de Cuiabá voltar a ser uma região atrativa às pessoas. 

“São muitos anos que o centro de Cuiabá está abandonado e deixado ao léu. É preciso reformar os casarões, os calçadões, tirar a fiação elétrica e de telefones dos postes de luz. A padronização de calçadas”, disse Peron.

Para Roberto Peron falta visão empresarial do poder público à restauração do centro histórico. “O centro é o cartão de visita da cidade. Se não fiz algo para que o turista ou às pessoas que venham para o centro de Cuiabá tenha onde ir e o que ver, a cidade é morta. Se um cidadão vem do exterior e vai visitar o Pantanal, e vai passar a Capital. O que tem aqui para ver? Não tem nada”, afirmou Peron.
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