Imprimir

Notícias / Cidades

CPI debate vídeo dos momentos que antecederam morte de idoso baleado pela polícia; filho alerta para ação "errada"

Da Redação - Luis Vinicius / Do local - Max Aguiar

José Antônio Ribeiro Pinto, filho de João Antônio Pinto, 87 anos, que foi morto após supostamente ter reagido a uma abordagem de policiais civis da Delegacia de Estelionato, foi ouvido, pela 2ª vez, nesta segunda-feira (27), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Invasões da Assembleia Legislativa (ALMT). O objetivo era debater o vídeo que foi amplamente divulgado pela imprensa na semana passada, em que o momento em que os agentes atiram no idoso é revelado.

Leia também
Vídeo mostra momento em que policiais entram em hangar segundos antes de idoso ser morto com tiro
 
Participaram do encontro o deputado Gilberto Cattani (PL), Dr. João (MDB), Carlos Avallone (PSDB) e Fábio Tardin (PSB). Nos trabalhos, os parlamentares debateram passo a passo o vídeo ao lado do filho do idoso. Os deputados ainda disseram que vão solicitar o vídeo sem edição à Polícia Civil.
 
O vídeo, que já foi divulgado pelo Olhar Direto, mostra os policiais chegando na propriedade e fazendo a abordagem. Em seguida existe o tiro e a morte do senhor João Pinto. O policial apontado como autor do tiro está afastado aguardando finalização do inquérito.
 
À imprensa, José Antônio fez questão de esclarecer que seu pai não era violento como relatou o autor do vídeo. Ele apontou que o idoso nunca utilizou de meios paralelos para resolver as questões relacionados as suas terras.
 
“Meu pai era um idoso de 87 anos e se ele quisesse usar da violência ele teria usado no início da invasão. Era muito fácil ele expulsar todo mundo. A vida inteira nós procuramos os meios legais”, relatou.
 
José ainda criticou a demora dos trabalhos burocráticos da Polícia Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Para ele, o fato de o agente ter sido afastado demonstra irregularidades na ação.
 
“A burocracia é tão complicada que nós não conseguimos decifrá-la até hoje. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil tem que dar um parecer. O policial foi afastado então me parece ter indícios de que houve uma coisa errada. O que a gente espera da Politec são as imagens do circuito interno do galpão, da aeronave que até o momento não foi nos entregue”, completou.


 
Imprimir