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Defensoria pede investigação independente e reforça que prisão de defensora foi truculenta e arbitrária

Da Redação - Rafael Machado/ Do Local - Max Aguiar

A defensora pública-geral de Mato Grosso, Maria Luziane Ribeiro, anunciou nesta terça-feira (28) que vai fazer representações ao Conselho Nacional de Direitos Humanos, ao Ministério Público de Mato Grosso e ao Comando Geral da Polícia Militar para que façam uma investigação independente sobre a prisão e agressão sofrida pela defensora pública, Gabriela Beck, durante uma desocupação de terra realizada em uma fazenda no município de Novo Mundo, por policiais militares.

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Segundo Maria Liziane, a atuação dos militares nesse caso levanta sérias questões sobre a atuação da força policial e o respeito às prerrogativas dos defensores públicos. Ela comentou que Gabriela estava no local para assegurar a integridade das famílias sem terra e de intermediar o conflito.

Ela ressaltou que a prisão ocorreu sem respaldo legal e de forma truculenta e arbitrária.

“Vamos exigir todas as providências cabíveis para que haja a responsabilização dessas pessoas que agiram indevidamente na ação com a doutora Gabriela. Houve agressão física, apreensão de celular, configurando uma grave violação às prerrogativas profissionais da Gabriela Beck que estava no exercício da sua função. Eu destaco isso. Ela estava ali como defensora pública atuando na defesa daquela população”, disse em coletiva de imprensa.

Maria Luziane comentou que Gabriela usava uma camiseta da Defensoria Pública, mas, mesmo assim, foi detida e agredida, o que demonstra um desrespeito aos direitos humanos.

“Exigiremos sanções disciplinares imediatas contra os envolvidos na detenção arbitrária e também na agressão a defensora pública”, ressaltou.
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