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Publicitária de Cuiabá é uma das presas durante nova fase da Lesa Pátria após ter sido condenada a 13 anos pelo STF

Da Redação - Mayara Campos

A publicitária cuiabana Simone Aparecida Tosato Dias, foi uma das pessoas presas em Mato Grosso, durante a nova fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada na quinta-feira (6), em 19 estados do país e o Distrito Federal. Ao todo, quatro pessoas foram presas no estado. Simone foi condenada a uma pena de 13 anos e seis meses, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em fevereiro deste ano.

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Tosato responde pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do Patrimônio e associação criminosa armada, cometidos no dia 8 de janeiro de 2023, durante a invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
 
A publicitária já havia sido presa em flagrante, dentro do Palácio do Planalto, durante os atos golpistas. Ela ficou detida até agosto, quando foi colocada em domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.

Ela foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República no inquérito 4922, instaurado para investigar os executores materiais dos crimes.
 
Ao pedir sua absolvição, sustentou pela inépcia da denúncia, ausência de justa causa para ação penal, violação do princípio do contraditório e uma série de outras preliminares, todas rejeitadas quando do recebimento da denúncia. Ela também alegou que esteve nos locais apenas para manifestar pacificamente e que não sabia que os protestos teriam confronto com a polícia ou que depredariam as sedes dos poderes.

Ocorre que, conforme conjunto probatório acostado nos autos, com base em laudos da Polícia Federal e registros de georreferenciamento, áudio e imagens, restou provado que Simone invadiu área restrita do congresso e foi presa lá dentro. Também foi constatado que ela esteve presente nos locais das invasões e depredações, com base na localização de seu celular.

“Está comprovado, pelo teor dos seus interrogatórios, pelos depoimentos das testemunhas arroladas pelo Ministério Público, pelas conclusões do Interventor Federal, pelos laudos, que Simone Aparecida Tosato Dias integrava grupo que buscava, em claro atentado à Democracia e ao Estado de Direito, a realização de um golpe de Estado”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes, nos autos do julgamento.
 
Além da pena de prisão, Simone também foi condenada ao pagamento do valor mínimo indenizatório a título de danos morais coletivos, de R$ 30 milhões, a ser executado de forma solidária pelos demais condenados.
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