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Mauro diz que há indícios "estranhos" no leilão da compra de arroz e defende apuração dos órgãos de controle

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Luís Vinicius

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou nesta quinta-feira (20) que há, no mínimo, indícios estranhos no leilão da compra internacional de arroz da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ele defendeu que os órgãos de controle investiguem o caso e disse que há "uma certa estranheza no perfil das empresas vencedoras do certame", que foi cancelado 

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A declaração de Mendes foi dada quando ele foi questionado em coletiva de imprensa sobre como vê o escândalo da compra do cereal, especialmente por envolver pessoas do estado.Ele afirmou que não é correto tentativas de ligar o nome de Mato Grosso a polêmica e afirmou que a responsabilidade é inteiramente das pessoas envolvidas. 

“Não coloque o nome de Mato Grosso, coloque o nome de pessoas”, respondeu. “Por favor, não podemos misturar o Mato Grosso com isso. São pessoas que, se cometeram algum crime, os indícios no mínimo são estranhos, eu não quero cometer nenhuma injustiça de condenar alguém. Quem tem que investigar se está certo ou não, são os órgãos responsáveis por isso.” 

“Agora eu, como qualquer cidadão, você vê com uma certa estranheza, o tipo, o perfil das empresas ganhando um leilão de tamanho vulto como foi o leilão de arroz”, finalizou. 

A decisão do governo federal de anular o leilão da Conab cancelando a compra das 263,3 mil toneladas ocorreu após a polêmica envolvendo o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Geller. 

Neri foi  demitido após a divulgação de informações de que a FOCO Corretora de Grãos, principal corretora do leilão, é do empresário Robson Almeida de França, que foi assessor parlamentar de do próprio Geller na Câmara e é sócio de Marcello Geller, filho do ex-secretário, em outras empresas.

Além disso, o diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, responsável pelo leilão, é uma indicação direta do secretário. A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito policial para investigar possíveis irregularidades no leilão. 

De acordo com a corporação, o pedido de averiguação foi feito pela própria presidência da Conab, por meio de ofício, "diante de denúncias de que empresas sem histórico de atuação no mercado de cereais venceram o certame".
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