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Mesmo presos, "Sicredi" e "Dark" lideravam esquema de tráfico e distribuição de cestas básicas desarticulado em operação nesta quarta

Da Redação - Pedro Coutinho

Os traficantes Robson Júnior Jardim dos Santos e Thiago Telles, velhos conhecidos da Polícia no âmbito da Operação Gravatas, que desarticulou núcleo jurídico que atuava para favorecer lideranças do Comando Vermelho, foram alvos de nova ação policial deflagrada nesta quarta-feira (26): “Assintonia”. Segundo a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e a Delegacia de Tapurah, “Sicredi”, vulgo de Robson e “Dark”, alcunha de Telles, são os líderes da organização responsável pelo comércio de entorpecentes, armas de fogo, munições e lavagem de dinheiro na região.

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Mesmo presos na Penitenciária Central do Estado, a dupla de alvos distribuía cestas básicas para "cooptar" pessoas e usavam armas para matar agentes da segurança pública. As investigações apontam que o grupo atua na comercialização de entorpecentes devendo os integrantes, ao final de cada mês, enviar à liderança os lucros obtidos pela loja, além de fazer uma prestação de contas das vendas.

Utilizando estratégias de uma política assistencialista usada pelo crime organizado, o grupo criminoso investe na organização de festas, financiamento de times de futebol amador e distribuição de cestas básicas. 

Com a técnica, o grupo criminoso busca cooptar o cidadão, que em troca dos benefícios fica a mercê do crime organizado, deixando de denunciar crimes e não colaborando com as investigações. 

Além de coordenar todo o tráfico de entorpecentes na região norte de Mato Grosso, o grupo investigado também é responsável por impor uma espécie de cobrança/mensalidade às empresas locais, para que estas sejam “protegidas” pela facção criminosa, garantindo assim, que não serão roubadas/furtadas, e caso seja, tenha seu problema resolvido pelo grupo criminoso.

A operação foi deflagrada nesta quarta para após mandados judiciais serem deferidos pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 5ª Vara Criminal de Combate ao Crime Organizado de Sinop e são cumpridos nas cidades de Cuiabá, Tapurah, Itanhangá, Porto dos Gaúchos e Boa Esperança.
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