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Notícias / Cidades

Produtor rural é indiciado como mandante do assassinato de Zampieri; esposa se livra da acusação

Da Redação - Pedro Coutinho e Luis Vinícius

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito policial do assassinato do advogado Roberto Zampieri, 56 anos, ocorrido no dia 5 de dezembro de 2023. De acordo com as investigações, os mandantes do crime são o produtor rural Aníbal Manoel Laurindo e o coronel do Exército Etevaldo Caçadini. As provas foram insuficientes para indiciar a esposa de Aníbal, Elenice Ballaroti Laurindo.

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Segundo apurado pelo Olhar Direto, o delegado Nilson Farias comprovou o nexo entre Aníbal e Caçadini, e o vínculo destes com os executores, Antônio Gomes da Silva, suspeito de ter atirado contra o advogado, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, responsável por ter contratado Antônio para o assassinato.

Com os elementos de prova, então, Aníbal foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, em razão de o crime ter sido praticado com traição, emboscada, ou mediante dissimulação ou recurso que torne impossível a defesa da vítima, e sobre paga ou promessa de recompensa, ou por motivo torpe.
 
No mês de abril, a DHPP cumpriu mandado de busca e apreensão na mansão do casal Aníbal e Elenice em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). Durante as buscas foram apreendidos os celulares dos investigados. No entanto, devido ao vazamento da informação de que haveria uma busca e apreensão, os aparelhos já tinham sido trocados e não eram mais usados.
 
Após a operação na mansão no Sul do estado, o casal foi conduzido à DHPP em Cuiabá para interrogatório. No entanto, ambos optaram por exercer o direito constitucional de permanecer em silêncio.
 
No interrogatório, foi apresentado pelos advogados o aparelho celular de Elenice que era usado na época do homicídio. No entanto, o celular de Aníbal, também usado no período do homicídio, não estava mais com ele e seu paradeiro é desconhecido.
 
À época, surgiu a hipótese de que a motivação do crime seria uma área objeto de disputa que o casal estava perdendo para Zampieri, que representava a parte adversária, está avaliada em R$ 100 milhões.
 
Outro inquérito finalizado
 
No início de fevereiro, o delegado Nilson Farias finalizou parte do inquérito e indiciou o trio que está preso por suposto envolvimento na morte.

Foram indiciados: Antônio Gomes da Silva, suspeito de ter atirado contra o advogado, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, 53 anos, responsável por ter contratado Antônio para executar o crime, e o coronel do Exército Brasileiro (EB) Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, responsável por repassar os valores aos executores.
 
O trio permanece preso preventivamente. No relatório policial, o delegado responsabilizou os suspeitos pelos crimes de homicídio duplamente qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima. Ainda, por ter sido praticado mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe. Todos foram denunciados pelo Ministério Público.

Zampieri foi assassinado com pelo menos dez tiros enquanto saía do seu escritório, situado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, no dia 5 de dezembro de 2023. Antônio Gomes foi a pessoa que disparou contra ele.
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