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Chico detona projeto que torna obrigatório estudo da Bíblia em escolas: 'religião se discute dentro de casa'

Da Redação - Rafael Machado/ Do Local - Max Aguiar

O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), criticou o projeto de lei de seu colega Rodrigo Arruda e Sá (PSDB) que torna obrigatório o estudo da Bíblia nas escolas públicas e particulares da capital.

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Segundo o liberal, as questões voltadas à grade curricular não são competência do vereador legislar, mas sim do Ministério da Educação (MEC). Ele ainda alegou que o assunto não deve ser tratado nas escolas, mas sim em casa.

“Particularmente, a competência para deliberar sobre educação, sobre o currículo da educação, sobre as matérias que devem fazer parte, quais os conteúdos que devem fazer parte, isso não é competência do vereador, isso é competência do MEC. O MEC é quem decide a grade curricular. Eu acho que religião você deve discutir dentro da sua casa”, disse em entrevista à imprensa nesta terça-feira (16).

A proposta causou polêmica na semana passada, após o vereador anunciar sua ideia nas redes sociais. Segundo Rodrigo, a Bíblia não é apenas um livro religioso que foi escrito por “homens de valores”, mas uma fonte de história, filosofia, educação financeira, literatura, arqueologia e cultura.

“Com isso você vai tirar o seu filho da marginalidade, da criminalidade, das drogas, porque ele vai estar tendo realmente uma educação que sempre teve dando certo que é o livro da vida. Ali é nosso instrumento da vida, ali que todos tem que ter como base um caminho, a Bíblia nos ensina muita coisa”, enfatizou.

Ele ressalta que, apesar de tornar obrigatório, a participação dos alunos em aulas teológicas será opcional, respeitando a liberdade religiosa. Para convencer seus colegas parlamentares, ele comenta que diversas cidades já adotaram a medida.
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