O Tribunal de Justiça vai reforçar a segurança das salas de audiências com detectores de metais após o chefe de gabinete de um desembargador entrar armado durante julgamento de recurso sobre o caso “Valley”, referente ao atropelamento que ceifou a vida de dois jovens em frente à casa noturna, em 2018. O caso aconteceu no dia 3 de julho, quando um militar de serviço percebeu que o servidor, que é irmão de uma das vítimas e filho do procurador que faz assistência da acusação, portava uma arma de fogo ao passar pelo detector de metal. Diante disso, ele foi acompanhado até o plenário 4, local em que ocorreria a sessão da 2ª Câmara Criminal, e, após, foi devidamente desarmado. No ato da abordagem, ele apresentou o respectivo documento, cujo registro é válido até 21/07/2028 e o porte até 09/12/2025. O fato foi informado à presidente da Corte, desembargadora Clarice Claudino, e a coordenadoria militar acionou a Comissão de Segurança para as providências que o caso requer. Um Procedimento Disciplinar Administrativo (PAD) foi instaurado para apurar a conduta do servidor, que irá depor sobre as motivações de andar armado na Corte, bem como para investigar o caminho que ele fez até entrar na sessão portando a arma.