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Casal homoafetivo é acusado de tentar matar detenta trans com golpes de chuço em penitenciária de VG

Da Redação - Gustavo Castro

Um casal de presidiário são suspeitos de tentarem matar uma mulher transexual com golpes de chuço na ala LGBTQIA+ do Centro de Ressocialização Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande. O fato aconteceu no dia 29 de julho, mas veio à tona nesta segunda-feira (5).

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Segundo informações preliminares, Jonay Rodrigues e Ezequiel Pinheiro de Jesus, que formam um casal homoafetivo, estariam atacado a vítima com três golpes de chuço, ferro de três ou quatro pontas aplicado numa haste.

Ao que tudo indica, antes do fato, houve uma reestruturação das funções dos promotores de saúde e alimentação dentro da unidade prisional. Jonay, que atuava como promotor de saúde, não ficou satisfeito com a mudança e suspeitou que a mulher trans estivesse envolvida na decisão. Convencido dessa teoria, ele pediu Ezequiel que atacasse a vítima.

Os policiais penais intervieram a tempo, socorrendo a vítima e encaminhando-a para uma unidade de saúde. Jonay e Ezequiel foram isolados, e a vítima foi transferida para outra unidade prisional para sua segurança.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) afirmou que ao tomar conhecimento do fato, a Polícia Penal tomou todas as medidas cabíveis. Além disso, disse que a direção da unidade instaurará um procedimento administrativo disciplinar para apurar as circunstâncias do caso.

Segundo caso

Na semana passada, a Polícia Civil indiciou três presidiários pela morte brutal da trans Gabriela Varconti, de 37 anos. Gabi foi espancada a pauladas no dia 22 de julho e morreu três dias depois em uma unidade hospitalar.

A investigação da DHPP apontou que o crime teve como motivação o fato de os autores acreditarem que a vítima repassava informações do dia a dia da penitenciária a policiais penais e à direção do presídio.

Gabrela foi socorrida no dia 22 de julho ao pronto-socorro de Várzea Grande, onde ficou internada em estado grave e morreu três dias depois, com suspeita de traumatismo craniano.

Com a morte, a investigação, que inicialmente foi instaurada como homicídio tentado, passou a ser tratada como homicídio consumado.

No dia da tentativa de homicídio, dois presos foram detidos em flagrante pelo crime. Diversas oitivas foram realizadas na penitenciária para o esclarecimento do crime, e a apuração descartou que a motivação tenha sido transfobia. 
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