O deputado estadual Júlio Campos (União) voltou a defender a descentralização dos poderes do presidente e do primeiro-secretário da Assembleia Legislativa. Eleito como primeiro vice-presidente da próxima Mesa Diretora, Júlio ressaltou que a medida é necessária para que os membros da diretoria tenham funções e obrigações, tornando os trabalhos do parlamento mais transparentes.

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“Hoje, muitas vezes, o presidente vocês sabem, o deputado Eduardo Botelho, não comparece a vários eventos que deveria estar presente representando a Assembleia porque está sitiado aqui no gabinete com atividade política e administrativa e o primeiro secretário atolado até o gogó com os problemas do dia a dia da Casa, por isso, temos que descentralizar os trabalhos para que todos tenham função de supervisão”, disse.

Ele comentou que sua ideia é copiar o que é feito no Congresso Nacional, onde os deputados federais e senadores que ocupam espaços na diretoria tem suas obrigações estabelecidas em Regimento Interno.

Júlio ainda relatou que vai propor ao próximo presidente do Legislativo, Max Russi (PSB), um projeto em que impede os membros da Mesa Diretora de ocuparem as funções principais das comissões permanentes. O deputado explica que essa mudança faria com que os parlamentares ficassem voltados aos trabalhos de supervisão da Casa.

“Nós temos 14 comissões técnicas e temos membros da Mesa Diretora. Então, os atuais membros da Mesa Diretora terão ocupação com a Mesa Diretora e os 14 outros restantes seriam presidentes das comissões técnicas”, comentou.

A ideia de Júlio não agrada o atual presidente do parlamento, Eduardo Botelho (União). Ele disse que a medida já foi aplicada e não deu certo, recaindo todas as responsabilidades ao presidente e primeiro-secretário.