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Senadora defende Ferrogrão e diz que projeto é importante para o Brasil e para o meio ambiente

Da Redação - Rodrigo Costa

A senadora Rosana Martinelli (PL) saiu em defesa do projeto da polêmica Ferrogrão, ferrovia que ligará Sinop, no norte de Mato Grosso, até Itaituba, no Pará. A obra está orçada em R$ 12 bilhões e tem como objetivo impulsionar o escoamento de grãos pelo chamado Arco Norte. Em entrevista à Rádio Cultura na última semana, Martinelli disse que o projeto é importante para o Brasil e para o meio ambiente. 

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“Acreditamos e estamos cobrando agilidade porque não é só questão de infraestrutura. A Ferrogrão é demorada, precisamos que ela saia do papel. É uma obra importantíssima para o Brasil e também para o meio ambiente. O meio ambiente, praticamente as pessoas que serão afetadas, terão as medidas compensatórias. Vamos dar um voto de confiança neste governo, porque a gente tem que acreditar nesse PAC, vamos acreditar que o meio ambiente não trave o desenvolvimento do nosso estado e do brasil. E desenvolvimento tem que estar aliado junto com o meio ambiente”, declarou. 

A Ferrogrão, no entanto, não é unanimidade. A ferrovia enfrenta a resistência e protestos de indígenas que serão afetados com o empreendimento, Organizações Não Governamentais (ONG’s) e alguns setores da sociedade civil. 

Uma das estradas passa dentro do Parque Nacional do Xingu, o que traria reflexos negativos para o povo indígena e para as comunidades do entorno. Na última semana, grupos indígenas contrários à construção da Ferrogrão emitiram um comunicado informando o rompimento deles com o grupo de trabalho criado pelo governo federal com a finalidade de acompanhar os processos e os estudos relacionados ao projeto. 

A intenção era discutir aspectos socioambientais e econômicos do empreendimento e facilitar o diálogo entre as partes interessadas. O grupo de trabalho será finalizado em outubro e não há previsão de prorrogação. 

Segundo o comunicado, a ferrovia resultará no desmatamento de mais de 2 mil km² de floresta nativa, impactará 4,9 milhões de hectares de áreas protegidas e afetará pelo menos 16 terras indígenas.

“O governo brasileiro precisa reconhecer a inconstitucionalidade do traçado da Ferrogrão e
cancelar este empreendimento perigoso. Do mesmo modo, é urgente promover a regularização fundiária, titulação de territórios quilombolas, demarcação das terras indígenas e a execução do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal na região”, finaliza.  

Segundo Martinelli, a obra será um divisor de água para a infraestrutura de Mato Grosso e vai impulsionar o desenvolvimento no estado. A senadora afirmou que há países como China, Espanha e Emirados Árabes, interessados em investir na construção do empreendimento.
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