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Mauro cassa aposentadoria de servidor que teria recebido R$ 100 mil de propina em esquema na Ager

Da Redação - Rafael Machado

O governador Mauro Mendes (União) cassou a aposentadoria do servidor da Agência dos Serviços Públicos Delegados do Estado (Ager) Wilson Hissao Ninomiya, que foi alvo da Operação Reta Final, instaurada para desarticular um esquema de fraudes na licitação do transporte rodoviário intermunicipal durante o governo de Silval Barbosa.

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Mauro acatou o resultado de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que foi instaurado contra o servidor. Ninomiya foi aposentado em dezembro de 2017, dois anos depois da deflagração da ação policial, e recebeu R$ 25,6 mil.

De acordo com as investigações, Wilson usava de seu cargo, coordenador Regulador de Transporte Rodoviário, para beneficiar as empresas do setor, deixando de aplicar autuações e comunicados. Além disso, ele teria maculado fiscalizações para que as empresas resultassem em alguma melhora no faturamento para que pudesse receber propina.

Nos autos do processo, há prints de trocas de mensagens pelo WhatsApp entre o servidor e Max Willian, diretor administrativo do Grupo Verde, na qual cobrava o pagamento de sua parte no esquema e reclamava da diminuição feita de um repasse, que deveria ser de R$ 3 mil, mas só foi depositado R$ 1,5 mil.

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) conseguiu o levantamento do sigilo bancário da empresa Orion Turismo Eireli, que pertence ao Grupo Verde, que identificou transferências nas contas de Ninomiya e da filha dele. Conforme a investigação, entre janeiro de 2024 a agosto de 2015, ele teria recebido R$ 63,5 mil.

Na conta da filha dele foram feitas transferências de R$ 37 mil. Depois desse período, ele teria recebido mais de R$ 48 mil até a sua aposentadoria em 2017.
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