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Após melhora no Ideb, secretário diz que desafio é dar continuidade e projeta MT brigando entre líderes

Da Redação - Rodrigo Costa

O estado de Mato Grosso avançou 11 posições no ranking nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ensino Médio, saltando da 19ª para a 8ª colocação, segundo dados divulgados na última semana pelo Ministério da Educação (MEC) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

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O feito foi comemorado pelo secretário chefe da pasta, Alan Porto, que afirmou que o principal desafio de agora em diante é dar continuidade ao avanço conseguido até o momento. Segundo ele, caso o ritmo de crescimento seja mantido, Mato Grosso deve, em breve, travar uma “briga boa” com os estados mais bem colocados. 

“Uma coisa é você sair de 22º para chegar em 8º, em que você tem um esforço enorme. Agora o grande desafio é manter e crescer. Porque você começa a chegar muito próximo das melhores educação, que é Espírito Santo, Goiás, Paraná. A gente vai começar a brigar com a principal educação do Brasil. A gente já começa a afunilar um pouco mais e torna essa tarefa um pouco mais difícil. Mas, com certeza, é possível chegarmos entre as 5 melhores”, disse Alan à Rádio Cultura na quinta-feira (22). 

“Se a gente melhorar uma posição no próximo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), saindo de oitavo [lugar] para para sétimo [lugar], já está excelente. Se ficarmos em oitavo, excelente também. Estamos entre as 10 melhores, que era o objetivo inicial”, completou. 

O Ideb avalia a qualidade do ensino das escolas com base no aprendizado dos estudantes em português e matemática pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), além da taxa de aprovação dos alunos obtido pelo Censo Escolar.

A melhora, de 0,6 no índice, ficou atrás apenas do desempenho da rede pública do Pará, que aumentou o índice em 1,3. A nota do ensino médio mato-grossense no Ideb 2023 foi de 4,2, enquanto em 2021, foi de 3,6.

Segundo Alan, o que de fato tem feito a diferença nesse trabalho é um conjunto de ações dentro de um sistema estruturado. Ele citou material didático, sistema de avaliação, que é o avalia MT, que mede os resultados de aprendizagem dos estudantes em larga escala, entre outros. 

“No início do ano a gente faz avaliação diagnóstica. A cada bimestre a gente faz avaliação processual, que é a que chamamos de avaliação bimestral. E no final do ano nós temos a avaliação somativa. Isso abre uma oportunidade para a gente corrigir rotas. Então o primeiro bimestre como estão os nossos estudantes de língua portuguesa, em matemática, conseguindo avançar? O estudante conseguiu aprender? O que vai trazer esse cenário para nós é a avaliação, são as provas”, explicou. 

Ele diz que depois que essa avaliação é concluída, a secretaria, com os resultados em mãos, faz uma espécie de correção de rota no caso de unidades que não obtiveram um resultado satisfatório, com um plano de intervenção pedagógica escola por escola. 

“Às vezes é preciso trabalhar na formação do professor, na prática pedagógica dentro de sala, ajuste na sequência curricular, algum objeto do conhecimento que o aluno não aprendeu. O professor tem todas as informações na ponta do lápis e tem condições de analisar todos os resultados turma por turma e o sistema entrega tudo isso para esse profissional atuar de forma assertiva. Isso é feito em todos os bimestres e já fazemos isso há dois anos”. 

Alan afirmou que quando o resultado do Ideb foi divulgado que a pasta tinha noção que atingiria uma melhora porque não havia mais políticas baseadas em um “voos cegos”. Ele ressaltou o planejamento muito forte e dedicação dos professores na sala de aula e toda equipe gestora para atingir esses resultados. 

“Já estamos nos aprofundando nos microdados, vamos fazer os ajustes, trabalhar o planejamento forte em nossas escolas. Tem escolas que precisam melhorar bastante, a gente tem essa consciência, responsabilidade e a gente não vai deixar ninguém para trás”.
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