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Virginia cobra endurecimento de leis penais para coibir feminicídios e crítica legisladores homens: 'não pensam nas mulheres'

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Rafael Machado

A primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, voltou a criticar as leis penais brasileiras. Em suas declarações, ela manifestou preocupação com a impunidade em casos de feminicídio e defendeu a necessidade de mudanças profundas na legislação penal para coibir esses crimes e proteger as mulheres.

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Mendes argumenta que a legislação atual não tem sido eficaz na prevenção e punição dos feminicídios. Segundo ela, é preciso agir de forma mais enérgica para garantir que os criminosos e agressores sejam responsabilizados por seus crimes e que as mulheres tenham mais segurança.  

“Não é o governo do estado, nem o governo municipal [que elaboram as leis], são os nossos representantes em Brasília, são os nossos deputados federais, nossos senadores, o presidente, os ministros. Eles têm que lutar para que as mulheres não passem mais por isso [serem assassinadas por serem mulheres]”, disse em entrevista à imprensa.  

“A gente precisa mudar essa lei, que é uma lei arcaica e muito antiga, o Brasil precisa mudar. Nós precisamos trabalhar e lutar por isso, porque as nossas mulheres estão morrendo. Isso a gente vê com frequência. Há poucos dias foi a filha do Cattani que é um deputado. Estamos pedindo para os deputados, para quem está no poder, para o presidente da República, que olhe por nós, por nós mulheres, por todas nós, porque hoje pode ser a sua irmã, a sua esposa, a sua filha, ninguém está livre disso”, desabafou.  

Na avaliação da primeira-dama, há uma má vontade dos legisladores na promoção de políticas para as mulheres. “Eu acho que falta vontade política porque a maioria são homens e os homens geralmente não pensam muito nas mulheres, então falta isso”. 

Mato Grosso registrou 46 feminicídios em 2023, segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho. O estado está com a taxa superior à nacional. 

No ano passado foram registrados 103 homicídios contra mulheres. Já com relação ao feminicídio, foram registrados 46 casos. Isso representa uma taxa de 2,5 por 100 mil habitantes. A taxa é superior à nacional, que registrou 1,4 por 100 mil habitantes.
 
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