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PF aponta que investigador da PJC de MT acessou sistema para ter informações pessoas e sigilosas de Alexandre de Moraes

Da Redação - Luis Vinicius com informações do UOL

Investigações da Polícia Federal apontam que um investigador da Polícia Civil de Mato Grosso acessou o Sistema Infoseg para obter informações pessoais e sigilosas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As informações constam da decisão que determinou a suspensão da plataforma X no Brasil.

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O relatório, segundo matéria publicada pelo Portal Uol, nesta quarta-feira (11), tem como base uma investigação sobre vazamentos de dados pessoais de delegados da Polícia Federal, do próprio ministro e de um empresário em uma ação coordenada para expor os agentes na internet.
 
Como revelou o UOL, foi no âmbito dessa investigação que a PF reuniu um relato de ameaça de Fábio Shor, delegado que atua nos principais inquéritos envolvendo Jair Bolsonaro e seus aliados e que comunicou à corporação ter sofrido ameaça uma semana após indiciar o ex-presidente no caso das joias.
 
A rede que acessou informações pessoais e sigilosas engloba o login no sistema Infoseg de 25 servidores públicos espalhados pelos estados que exercem diferentes atividades. Existe a possibilidade de que, em alguns casos, os servidores tenham sido vítimas de hackers que violaram um sistema sigiloso utilizando a credencial de acesso dos funcionários.
 
O Infoseg, ou Rede Nacional de Integração de Informações de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização, é uma plataforma que integra dados de órgãos de segurança pública, justiça e fiscalização em todo o país e que só agentes públicos têm acesso.
 
A base de dados permite acessar informações pessoais como endereços, telefones de contato, nome de pai e mãe, eventuais processos judiciais e eventuais registros de veículos e armas em nome da pessoa.
 
A investigação da PF identificou, por exemplo, que somente entre janeiro e março deste ano o CPF do ministro Alexandre de Moraes foi consultado no sistema sete vezes por logins vinculados a servidores públicos lotados em quatro estados: São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Alagoas. Também há registro de uma consulta feita por um servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, que atende os estados do Acre e Rondônia.
 
Os dados mostram que o nome e os dados pessoais de Moraes continuam sendo buscados por servidores de diferentes regiões do país, mesmo após o ministro autorizar várias operações para desmantelar o grupo que atuava na chamada "Abin paralela" montando dossiês e monitorando até ministros do Supremo, segundo as investigações.
 
A lista de usuários que acessaram o sistema de maneira irregular inclui integrante de tribunal do trabalho; policiais rodoviários federais do Acre e SP; integrantes de guarda municipal; PF de Araçatuba (SP); PM de São Paulo, Alagoas, Amapá e Goiás; agentes da Polícia Civil de Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso e Distrito Federal; perito criminal de Pernambuco; integrantes do Ministério Público de São Paulo e do Paraná; e até um juiz de São Paulo, entre outros.
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