O governador Mauro Mendes (União) reafirmou posição pela punição rigorosa para quem pratica desmatamento ilegal, sugerindo a perda da terra como penalidade, semelhante à prevista na Constituição para crimes relacionados ao tráfico de drogas. Mendes ainda criticou informação divulgada pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que afirmou que 85% dos incêndios no Pantanal acontecem em áreas privadas.
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“Eu disse isso para ela muitas vezes, de que o desmatamento ilegal só acontece porque a lei é frouxa. Propus e gostaria muito que ela, como grande líder ambientalista, embarcasse naquela proposta que fiz, que é criminalizar de tal forma o desmatamento ilegal que quem desmatar de que perca a terra assim como já tem uma previsão na constituição para quem planta cocaína”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, na Jovem Pan, nesta segunda-feira, 16.
Mendes também apresentou dados que mostram que os focos de incêndio são mais frequentes em áreas de conservação, reservas indígenas e assentamentos, e não em propriedades produtivas.
Ele ressaltou que o assunto se tornou “lenda urbana” e que seria muita "burrice" um produtor colocar fogo em suas terras, sendo que prejudicaria sua próxima safra.
“No meu Mato Grosso, 1,1 focos de incêndios para cada 100 km² nas áreas produtivas, 4,7 em áreas de conservação, 5,2 em áreas indígenas, 6,5 nos assentamentos. O que ela está dizendo no Mato Grosso não vale, até porque é uma burrice muito grande de alguém achar que um produtor rural vai meter fogo em sua propriedade, essa história é uma lenda que se inventou, que não existe”, frisou.
Para o governador, a solução é endurecer as leis e penalizar quem está prejudicando o meio ambiente e as áreas produtivas. “Tem gente, tem facção criminosa, tem malandro metendo fogo. Vamos mudar a lei e penalizar esses indivíduos que estão prejudicando a sociedade e o meio ambiente”, disse.