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Maggi diz que incêndios geram prejuízos a produtores rurais e que fogo é 'inimigo mortal' do agricultor

Da Redação - Rodrigo Costa

O ex-senador e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, rebateu declarações de que o setor do agronegócio tem sido o principal responsável pelos grandes incêndios registrados no Brasil desde agosto. Em entrevista à CNN Brasil, o mega produtor afirmou que as queimadas causam grandes prejuízos aos produtores rurais e ressaltou a dificuldade no combate às chamas em meio à seca extrema. 

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“Quando há um incêndio ou queimada, simplesmente acaba com tudo, com sua reserva econômica que vem fazendo há anos. O agricultor ou pecuarista é tão vítima quanto qualquer outro. Claro que existe algum tipo de agricultura que ainda quer usar o fogo. Mas não é isso que acontece. O fogo não é amigo do agricultor; o fogo é um inimigo do agricultor, mas um inimigo mortal de deixar qualquer propriedade na lona”, disse na entrevista. 

Segundo Maggi, a reclamação que existe na sociedade brasileira hoje pela qualidade do ar e pela perda da biodiversidade e da fauna, é a mesma feita pelos agricultores. Ainda de acordo com ele, lutar contra os incêndios que vem ocorrendo depois de um período tão seco, tem sido “praticamente impossível”.

“Os prejuízos que isso [fogo] traz para a agropecuária são incalculáveis, principalmente para cada uma das atividades agrícolas que nós temos. É sabido que o Brasil, por exemplo, não é um país que tem solos naturalmente ricos. São solos que foram e estão sendo construídos ao longo das décadas com uso de fertilizantes, palhadas. E tudo isso vai formar um solo melhor a cada ano. Por isso que nós conseguimos cultivar coisas que não cultivamos no passado”.

Na última semana, em meio aos recordes de queimadas e focos de incêndio em Mato Grosso e outros estados do Brasil, o governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou que posicionamentos de que a atividade agrícola provoca queimadas "beiram a burrice ou o desconhecimento". 

Mauro disse que as pessoas precisam ser informadas de que os agricultores dispõem de minibrigadas contra incêndios e que as queimadas geram prejuízos ao próprio agronegócio. 

“Querer dizer que o agronegócio faz queimada, beira a burrice ou ao completo desconhecimento. No mínimo, é um grande desconhecimento. O agronegócio hoje é plantio direto. Aquela palhada que fica ali é extremamente importante para o agronegócio. Quando aquilo queima, é um prejuízo gigantesco para aquela fazenda”, disse o atual mandatário. 
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