Investigações da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), que deflagrou nessa terça-feira (24) a operação Susenaro, que visa apurar suposto esquema na execuação de emendas parlamentares, apontou que cerca de R$ 4,4 milhões foram sacados em dinheiro entre os anos de 2022 e 2024. Segundo consta o documento que desencadeou a ação policial, a ação era feita por 'laranjas', como Diego Ribeiro de Souza e Matheus Caique Couto dos Santos, ambos ligados diretamento ao núcleo familiar e de negócios de Alessandro do Nascimento, dono da loja de artigos esportivos Tubarão Esportes. Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) também identificou movimentações suspeitas que reforçam a complexidade do esquema. Transferências vultuosas entre as contas da Pronatur, entidade privada envolvida no esquema e de posse de Wilker Weslley Arruda e Silva, e a Tupã Comércio revelaram um fluxo contínuo de recursos que, ao final, sempre beneficiavam a família de Nascimento. A operação Susenaro cumpriu 50 ordens judiciais, sendo 11 de mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão o ex-secretário de estado de Agricultura Familiar (Seaf), Luluca Ribeiro (MDB), além de Alessandro do Nascimento e sua filha, Ana Caroline Ormond, o primo dela Matheus Caique Couto dos Santos, um agrônomo da Seaf e outras quatro pessoas.