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Procon e Decon apuram denúncia de venda de whisky falsificado no Extra em Cuiabá

Da Redação - Wesley Santiago e Vinicius Mendes

A Delegacia Especializada do Consumidor (Decon), em conjunto com o Procon Municipal de Cuiabá, deflagrou na manhã de quarta-feira (22), uma operação com objetivo de fiscalizar a venda de whisky falsificados realizada pelo Extra, em Cuiabá. A rede nega as acusações (veja nota no fim da matéria)

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A investigação teve início após denúncia realizada por um consumidor que procurou a Polícia Civil após suspeitar que as garrafas de whisky adquiridas no supermercado apresentavam sinais de falsificação. O consumidor que fez a denúncia procurou o Olhar Direto e relatou o caso.

"Eu comprei três uísques, um tradicional, um de canela e um de mel, todos da mesma marca. Quando eu fui experimentar notei, como eu já tomo uísque desta marca há tempos, na hora de abrir eu percebi algumas diferenças. No caso, dos três uísques, só o tradicional estava ok".

Segundo o consumidor, o lacre de duas garrafas de uísque estavam com indícios de fraude. Ele considerou que por mais que o uísque seja verdadeiro, a adulteração já indica crime contra a Fazenda Pública.

"A garrafa tem aquele lacre da Receita Federal, e no uísque tradicional ele estava por baixo do lacre do uísque, ou seja, quando abre é rompido o lacre da Receita Federal, aí ficava uma parte presa na garrafa e uma parte saía, e isso mostra que violou. Só que no uísque de canela e no uísque de mel o lacre da Receita Federal vinha por fora do invólucro da garrafa, ou seja, eu consegui tirar estes dois lacres intactos", explicou.

Ele ainda contou que outro indício foi a falta da numeração de séria no rótulo. Ele disse que isso o preocupou, pois da maneira como estavam as garrafas, qualquer líquido poderia ter sido colocado nelas.

"Um outro detalhe claro, o rótulo da frente é colado na garrafa. De dentro da garrafa você vê um número de série com uma lanterna, e no uísque tradicional tinha este número de série, mas nestes dois uísques que estavam com suspeita de fraude não têm este número. Como uísque falsificado você não sabe a procedência, não sabe o que está tomando, fiquei até com medo de ser algo que faça mal, então fui na delegacia".

Durante o trabalho de fiscalização da polícia, foram recolhidas as caixas de garrafas de whisky da marca alvo da denúncia, bastante conhecida no mercado de bebidas, para a realização de perícia técnica que deverá apontar se o produto é ou não falsificado.
 
Segundo o delegado da Decon, Rogério da Silva Ferreira, as equipes entraram em contato com a empresa que representa a marca do whisky no País, que se colocou à disposição para esclarecer eventuais dúvidas, fornecer unidades do produto original para a confrontação técnica e até para a realização de exames laboratoriais mais complexos.
 
“Somente após a realização da perícia será possível afirmar se há algo errado com os produtos recolhidos e suas embalagens”, disse o delegado.
 
A Decon ressalta que está sempre trabalhando em parceria com outros órgãos de fiscalização, como o Procon Municipal de Cuiabá, para fiscalizar supermercados e outros estabelecimentos comerciais, a fim de garantir que o consumidor mato-grossense tenha segurança na hora da compra e a certeza de estar levando um produto de qualidade para o seu lar.

Confira a nota do Extra sobre o caso:

O Extra possui rigorosos controles de qualidade e só adquire produtos que atendem às normas fiscais e de fornecedores com toda a documentação legal exigida pelos órgãos reguladores e fiscalizadores para comercialização no país. A rede não compactua com ações fraudulentas e não adquire produtos falsificados – caso exista qualquer comprovação do contrário, o Extra atuará imediatamente para identificar o erro e corrigi-lo.

No caso do uísque citado, toda a compra é feita unicamente pela importadora oficial da marca no Brasil, que possui todos os documentos legais para tanto. O recebimento é diretamente nas centrais de distribuição da rede, atendendo às normas fiscais, como o selo da Receita Federal (IPI), bem como as informações do importador e origem do produto.

Só então os uísques são distribuídos para todas as lojas do Brasil. Sobre a ação realizada em Cuiabá, a companhia aguarda o resultado da perícia e permanece à disposição para esclarecimentos.
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