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Cardiopata, enfermeiro morto pelo novo coronavírus colocou a vida em risco para tratar pacientes

Da Redação - Max Aguiar

O paciente de Cuiabá Athaide Celestino da Silva, que era servidor da área da saúde e acabou falecendo no sábado (2) vítima da Covid-19, era um dos profissionais que se negaram a ficar em casa durante o início da pandemia. 

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De acordo com o secretário Gilberto Figueiredo, Athaide era dedicado no trabalho e se recusava a ir para casa, conforme determinação do Ministério da Saúde. "Ele era obstinado pelo trabalho. Ele fazia parte do grupo de risco, mas acabou se infectando no espaço de trabalho, ficou 37 dias internado e infelizmente faleceu", disse o secretário.

Figueiredo ainda classificou a morte do profissional como um sentimento de perda de batalha. "Ele dedicou mais de 37 anos de sua vida ao serviço público de saúde. Quando a gente vê um profissionais morrendo assim a gente sente que está perdendo a batalha. Não perdemos a guerra, mas perdemos um soldado que está à frente dessa guerra contra o Covid-19". 

O secretário disse que acompanhou o enterro de Athaide, e mesmo naquele momento de dor para família e amigos,  o que mais lhe entristece é ver que tem muitos céticos, que acabam achando que a pandemia não mata. 

"Acompanhei o sepultamento de uma forma desconfortável. Mais desconfortável é ver que existem céticos que não acreditam que uma pandemia está tirando vidas. Quando a gente vê um profissional como Athaide ser acometido da doença, a gente fica triste. Eu quero pedir a você que me ouve, que fique em casa. E acredite que a pandemia é muito perigosa", concluiu. 
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