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Cuiabanos relatam princípio de chuva e anseiam por trégua no calor e baixa umidade; vídeo

Da Redação - Wesley Santiago

Cuiabanos que moram na região do Jardim Florianópolis, Ribeirão do Lipa e região, próximo a saída de Cuiabá com destino ao Distrito da Guia e Chapada dos Guimarães relataram um princípio de chuva nesta quinta-feira (27). Apesar de bastante fraca, a queda de água já serviu para trazer um refresco e aumentar o anseio por uma trégua no calor e baixa umidade.

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Um dos locais em que os pingos de chuva começaram a cair foi no aeroporto que fica na Bom Futuro. Um morador do bairro Jardim Florianópolis também encaminhou ao Olhar Direto a foto da área da sua casa toda molhada por conta da bastante leve precipitação que caiu nesta manhã.


 
As previsões do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), que é ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que as possibilidades de chuva para os próximos dias é mínima (5%). As máximas devem continuar na casa dos 41ºC.

A ânsia dos cuiabanos para a tão esperada chuva deve continuar. A expectativa, segundo a chefe do 9º Distrito de Meteorologia (9º Disme), Marina Padilha, é que as precipitações voltem a cair na primeira quinzena de setembro.
 
“Por enquanto, as nossas previsões não apontam chuva para os próximos dias, o que é normal para o Estado neste período. Continuamos no nosso inverno de 40ºC. A primeira começa no dia 23 de setembro e acreditamos que as primeiras chuvas devem cair na primeira quinzena de setembro, como ocorre normalmente”, explicou Marina ao Olhar Direto.
 
A meteorologista não descarta a possibilidade de pancadas isoladas em algumas regiões, principalmente de Mato Grosso, como tem acontecido. Porém, principalmente em Cuiabá, a chuva só deve chegar mesmo neste período.
 
Quando chegar, a chuva deverá vir acompanhada de muito vento. Por isso, a chefe do 9º Distrito alerta para a ‘temporada de tempestades’ que tende a causar estragos na capital mato-grossense. “A tendência é de muito vento, raios e pouca quantidade de água. É um período problemático”.
 
A chuva é aguardada em Mato Grosso para dar um refresco nas intensas queimadas que assolam as vegetações no Estado, principalmente o Pantanal. O bioma possui cerca de 15 milhões de hectares de extensão territorial, sendo 10 milhões localizados em Mato Grosso. Deste total, de acordo com o Ibama, do início de 2020 até a semana passada, o fogo já havia destruído 1,55 milhão de hectares, área equivalente a dez municípios de São Paulo.
 
Levantamento realizado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) aponta que, somente nos primeiros 13 dias de agosto, 1.317 focos (51%) ocorreram na porção mato-grossense do bioma e outros 1.261 focos (49%) na porção do bioma em Mato Grosso do Sul. Ao todo, se considerarmos os dois estados, o Pantanal já perdeu 10,3% de sua cobertura vegetal.
 
Segundo especialistas, ainda é cedo para avaliar a dimensão do estrago causado pelo fogo, principalmente porque a expectativa é de que no mês de setembro a seca castigue ainda mais a região.
 
Este é o maior incêndio ocorrido no Pantanal nos últimos 14 anos, que enfrenta ainda o avanço do desmatamento e uma das maiores estiagens observadas na história recente. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os primeiros sete meses de 2020 foram os que registraram mais queimadas em comparativo ao mesmo período de anos anteriores.
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