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“A democracia está em risco”, defende manifestante em “Grito dos Excluídos” contra Bolsonaro; fotos e vídeos

Do Local - Fabiana Mendes

Enquanto parte de Cuiabá é tomada por um movimento a favor de Jair Messias Bolsonaro (sem partido) na Avenida do CPA, há também um segundo movimento - este contrário - na tarde desta terça-feira (7), Dia da Independência. O “Grito dos Excluídos” reuniu cerca de 200 manifestantes cuiabanos que enxergam a democracia brasileira em risco, temendo pelo fim de direitos.

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Uma dessas pessoas é Carlos Veggi Atala. Para o cuiabano, é um absurdo ver pessoas ao redor do país estarem apoiando o atual governo federal. Ao Olhar Direto, Carlos revela temer o fim da democracia que, para ele, está em risco.

“A democracia está em risco. A cada momento se fala em fechar o Congresso, fechar o Supremo Tribunal Federal. Se escolhe um inimigo para manter um movimento fascista. Esse grito dos excluídos, além de lutar por distribuição de renda, por um país próspero, por um país que tenha um projeto de desenvolvimento, também estamos lutando pela nossa democracia, que está em risco. A pior democracia é melhor do que qualquer ditadura”.

Dafne da Cunha Ferreira acredita que o governo atual está destruindo o Brasil e tirando todos os direitos dos brasileiros. Apenas a atuação do Governo Federal contra a pandemia do novo coronavírus é suficiente para um índice de reprovação alto a Bolsonaro, defende. A situação é crítica ao ponto dos brasileiros não conseguirem comprar itens básicos, como botijão de gás - o de MT é o mais caro do país - e carne vermelha.

“Ele consegue fazer uma manipulação para que os seus apoiadores não vejam isso e fiquem arrumando desculpas. Isso é um pouco culpa da falta de formação política. A gente não tem formação política nas escolas. Eu acho que eles não entendem o processo político, ou se entendem que eles estão sendo beneficiados. A gente não consegue comprar mais carne vermelha. A gente não consegue comprar um botijão de gás. Não consegue pagar a energia elétrica.

A proposta do Grito dos Excluídos surgiu em 1994, a partir de um evento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Inspirada pela Campanha da Fraternidade de 1995, que tinha como tema “A fraternidade e os excluídos”, a entidade optou pelo 07 de setembro como data oficial do ato, para fazer um contraponto ao Grito da Independência.

Já na sua primeira edição, em 1995, 170 localidades participaram do manifesto que teve como temática “A vida em primeiro lugar”.





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