Imprimir

Notícias / Cidades

Delegado diz que chance de ex-jogador ser atingido por disparo de PM era de 0,1%

Da Redação - Vinicius Mendes / Da Reportagem Local - Fabiana Mendes

O delegado Marcel Oliveira, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o tiro que matou o ex-jogador de Futsal Eurides Moraes, no último dia 18, tinha pouquíssimas chances de acertá-lo. “0,1%”, segundo ele. O disparo saiu da arma de um policial militar, que trocava tiros com bandidos no distrito de Praia Grande, a cerca de 60 metros do local onde o ex-jogador estava.
 
Leia mais:
Disparo efetuado por PM em confronto com bandidos matou ex-jogador, afirma delegado
 
Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (22), o delegado responsável pela investigação, Marcel Oliveira, explicou que o confronto entre o policial militar e os bandidos em um HB20 ocorreu em uma ponte. Os suspeitos estariam tentando roubar o veículo do PM.
 
“A gente constatou que um policial militar, por volta das 19h30, entra em contato com o CIOSP e solicita apoio pois haviam tentado tomar seu veículo, justamente em cima da ponte da Praia Grande, e ele teria efetuado diversos disparos contra os bandidos, que também teriam atirado contra ele na tentativa de roubar o veículo dele”, relatou o delegado.
 
A investigação apurou que foram efetuados oito disparos em cima de uma ponte, a 58 metros do local onde o ex-jogador estava. Sete cápsulas foram encontradas. De acordo com o delegado, as chances de Eurides ser atingido eram baixíssimas.
 
“99,9% era que tinha chances de não atingir, portanto 0,1% era a chance de atingir. Entre a ponte e o local onde a vítima se encontrava, haviam paredes, árvores, troncos de cerca, bancos, várias coisas no meio do caminho. Então a trajetória que o projétil de arma de fogo tomou foi justamente a que acertou o globo ocular do Eurides, um fato que nos causou até estranheza, um único disparo desta arma de fogo”, disse.
 
O caso
 
Como já noticiado pelo Olhar Direto, no dia do fato, já foi possível identificar na cena do crime disparos aleatórios na região em que o ex-jogador de futsal estava. A 60 metros do local, foram localizadas sete cápsulas, sobre uma ponte, sendo que – possivelmente – de uma delas saiu o projétil que atingiu o ex-jogador.
 
A DHPP também conseguiu levantar as informações, em conversas com testemunhas, de que no momento dos tiros, foi possível visualizar dois veículos próximo a ponte, sendo que seus ocupantes estavam realizando um tiroteio.
 
A hipótese é de que um desses disparos tenha atingido o olho da vítima, que morreu instantaneamente. 
Imprimir