Imprimir

Notícias / Cidades

Clayson nega agressão e diz que modelo sofrerá consequências de acusação; atleta retornará ao Bahia

Da Redação - Pedro Coutinho Bertolini

Depois de se ser denunciado por agressão contra Danielle Sarti de Freitas, de 22 anos, o meio-campista Clayson se posicionou por meio de nota oficial e negou as acusações. Conforme divulgado nesta sexta-feira (17), foi afastada qualquer participações do jogador em episódios de agressão. Ele ainda disse que a jovem responderá pelas acusações contra ele. Clayson, cujo empréstimo para o Cuiabá se encerra em 31 de dezembro, sequer jogou a última partida do clube pelo Campeonato Brasileiro de 2022. Ano que vem ele se reapresentará ao Bahia.

Leia mais: 
Modelo deixa Cuiabá após receber alta e viaja com o pai para o Nordeste: "Estou bem e lúcida"

“Após minuciosa investigação realizada pela Delegacia de Polícia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, sendo ouvidas cinco testemunhas presentes no ocorrido, incluindo outras mulheres, foi completamente afastada qualquer participação do atleta em episódios de agressão ou ofensa”, diz trecho da nota.
 
O posicionamento também pontuou que a versão exposta pela modelo no boletim de ocorrência, no qual colocou o jogador como responsável por agressões e ofensas, é falsa e que ela sofrerá “as consequências de seus atos”.

A jovem de 22 anos denunciou ter sido agredida por um jogador do Cuiabá Esporte Clube, em um motel de Cuiabá e mostrou os pontos que levou no pescoço em publicações que fez em sua conta no Instagram. A mulher foi internada após ter sido agredida e, em seguida, tentado cometer suicidio, segundo a Polícia Militar.
O jogador, conforme a nota, preferiu se posicionar diante da repercussão do caso pela imprensa regional e nacional apenas por meio da justiça, tornando público o seu lado do ocorrido. “Assim como outras testemunhas, optaram por falar à Justiça, passando suas versões, seguindo assim o caminho correto”, anunciou.
 
O parecer de Clayson, por fim, afirmou que repudia qualquer tipo de violência e prega respeito a todas as mulheres.

Clayson cumprirá seu contrato de trabalho com o Cuiabá, clube ao qual foi emprestado até 31 de dezembro, e, após, se apresentará ao Bahia, clube com o qual tem vínculo até o fim de 2022.
 
O afastamento
 
Na quinta-feira (9 de novembro), o Cuiabá publicou nota comunicando a saída de Cleyson Henrique da Silva Vieira do time após ele confirmar o envolvimento no caso. No documento, a equipe disse que a conduta fora dos campos do jogador é inaceitável e, por isso, foi realizado o encerramento do seu vínculo.
 
“O atleta, que pertence ao E.C. Bahia, foi excluído ontem mesmo do grupo que enfrenta hoje o Santos, na Vila Belmiro, pela última rodada do Campeonato Brasileiro”, disse o clube.
 
Sobre Rafael Gava, jogador que foi apontado no boletim de ocorrência como o envolvido na agressão, o Cuiabá disse que ele afirmou estar em casa com familiares na data do crime. Essa versão foi atestada por Cleyson.
 
“Conforme já foi esclarecido na própria nota oficial do Cuiabá EC, reafirmo que no momento do episódio, estava em casa com os meus familiares”, disse o jogador do Dourado.

Gava ainda se colocou à disposição para qualquer investigação que venha a ser realizada pelas autoridades competentes. "Esclareço que sou expressamente contra a toda e qualquer violência e assédio, especialmente contra as mulheres".

O caso 

Danielle denunciou ter sido agredida por um jogador do Cuiabá Esporte Clube na madrugada da última terça-feira (7), em um quarto do Motel Calla, localizado na avenida Monte Líbano, saída para Chapada dos Guimarães. Na ocasião, ela afirmou que o esportista teria quebrado uma garrafa e a perfurado enquanto ela e mais duas mulheres prestavam serviços sexuais. 

De acordo com o boletim de ocorrência, os militares se deslocaram até o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) por volta de meio-dia de quarta (8). No local, foram informados pela modelo que ela teria sido golpeada com uma garrafa, que teria sido utilizada pelo jogador.

Ainda segundo o testemunho, na ocasião, a estudante pediu um Uber e conseguiu deixar o local, se dirigindo a um hotel que fica próximo à Boate Cristal. Lá, ela, então, ingeriu comprimidos de medicamento psiquiátrico indicado para tratamento de ansiedade generalizada e síndrome do pânico. 

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no hotel e encaminhou a mulher para o HMC, onde esteve internada até esta sexta-feira (10).
 
Imprimir