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Advogado diz que jovem morto em praça era amigo de ex-servidor público que desferiu facadas

Da Redação - Pedro Coutinho Bertolini

O advogado da família de Gabriel Carrijo do Santos, de 20 anos, Akio Maluf Sasaki, afirmou nesta sexta-feira (4), que rapaz morto a facadas era amigo do homem que admitiu o assassinato, o ex-servidor público Carlos Eduardo Silva Bello Ribeiro. O algoz de Gabriel, ainda de acordo com a defesa, era conhecido da mãe da vítima. Outra informação exposta pelo advogado aponta que não houve tentativa de assalto no dia do crime, como Carlos havia afirmado em uma primeira versão à polícia, nesta quinta-feira (3).

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O assassinato a facadas aconteceu por volta das 7h da manhã desta quarta-feira (2), em uma praça pública localizada no bairro Recanto dos Pássaros, em Cuiabá. Na ocasião flagrada por uma câmera de segurança, Carlos estava sentado num banco fumando um cigarro de maconha quando Gabriel chegou de moto.

A vítima desceu do veículo e os dois começaram a conversar antes de entrarem na luta corporal, que custou a vida de Gabriel. O corpo do jovem foi encontrado em um matagal próximo à cena do crime.

Na quinta-feira (3), foi preso em flagrante pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o agente municipal de saúde Carlos Eduardo Silva Bello Ribeiro, de 27 anos. Ele confessou que matou Gabriel depois de sofrer uma tentativa de assalto na praça do bairro.

A versão de Carlos Eduardo é de que ele estava na praça fumando um cigarro de maconha, quando  foi abordado por Gabriel. O jovem conversou com o agente municipal por alguns minutos, até colocar uma faca na cintura de Carlos Eduardo e anunciar um assalto.
 
Porém, ainda na quinta-feira, conversas de WhatsApp revelaram uma dívida de Carlos com um traficante do bairro no valor de R$ 1000, cuja vítima foi até o suspeito para fazer a cobrança, mas acabou morto. O advogado da família, Akio Maluf Sasaki, também descartou a possibilidade do assalto e confirmou a dívida. Ainda pontuou que ambos eram amigos de longa data.

As conversas do aplicativo de mensagens mostram uma terceira pessoa pedindo para Gabriel Carrijo colocar Carlos Eduardo (KD 2) em um grupo. Quem faz o pedido afirma que teria sido bloqueado pelo ex-servidor, que deve a ele R$ 1 mil.

Já em uma segunda conversa Carrijo cobra Carlos Eduardo e ameaça denunciá-lo a facção criminosa Comando Vermelho, caso ele não pague o que deve ao traficante. “Uma moagem toda vez para pagar dinheiro [...] Você até agora tá levando o boi, só com conversa fiada”, diz algumas mensagens atribuídas a Carrijo que teriam sido enviadas a Carlos Eduardo por volta de 19h47.

Em uma mensagem que teria sido enviada por Carlos Eduardo às 5h49, ele diz: “Vou soltar tu agr de manhã”. Na sequência, ele sai do grupo. Uma câmera de segurança que filmou a briga e o homicídio mostra que Carrijo chegou a praça por volta de 7h23. 
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