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Amália Barros diz que Michelle a convenceu a ser candidata e autorizou a se apresentar como sua “escolhida”

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Érika Oliveira

Colocando seu nome pela primeira vez em uma eleição, a jornalista Amália Barros, militante pela causa monocular, já chega com o “pé na porta” ao se apresentar como a escolhida da primeira-dama Michelle Bolsonaro. E foi a própria Michelle que deu autorização para a fala, e também que a convenceu a ser candidata a deputada federal por Mato Grosso. Em entrevista à imprensa na última quinta-feira (5), ela disse não temer o chamado “chapão da morte” do PL, disse que quer que o partido brilhe, e que só precisa de “um voto a mais”.

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Amália conheceu Michelle por meio de sua causa. Ela já doava próteses oculares desde 2016, e em dado momento percebeu que poderia atuar para que elas fossem fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, para isso, as pessoas monoculares deveriam ser consideradas pessoas com deficiência. A jornalista então, encontrou um político para ajudá-la a protocolar o projeto de lei.

“Aprovou [o PL] no Senado, na Câmara e quando chegou a fase da sanção eu tive que procurar a primeira dama Michelle porque é a pessoa do governo que mais representa as pessoas com deficiência. E quando a gente se conheceu a gente se gostou assim de cara, sabe? Porque ela quis entender, ela me ouviu, quis entender a história a fundo, e nisso a gente se aproximou e realmente nasceu uma amizade”, contou.

Em dezembro de 2021, durante lançamento de seu livro, Amália se encontrou de novo com Michelle, que a convenceu a ser candidata. “Eu jamais seria candidata se eu não tivesse uma palavra de apoio dela, dizendo que acredita em mim, porque ela realmente é uma inspiração. Porque ela é uma inspiração? Além de ser uma pessoa fenomenal, uma mulher cristã, uma mulher com muitos princípios, ela tem uma bandeira pelos raros, ela tem a bandeira pelos autistas, ela tem bandeira pelas pessoas com deficiência, pelo social, pelo humano e é isso que me interessa”, completou.

Desde que anunciou a pré-candidatura, Amália vem sendo chamada de afilhada de Michelle. Na última quarta-feira (4), segundo conta, elas estavam juntas e a jornalista perguntou se poderia usar este lugar. “Ela brincou e falou assim, pode dizer que você é minha escolhida no estado de Mato Grosso. Então só estou falando isso hoje porque ela me permitiu falar, eu não falaria sem autorização dela”.

Chapa forte

Instigada por Michelle, Amália foi convidada por Wellington Fagundes e decidiu ser candidata pelo PL, partido do presidente Bolsonaro. A chapa da sigla vem sendo chamada de “chapão da morte” por ter muitos nomes fortes, como o deputado federal Nelson Barbudo, mais votado na última eleição, o deputado federal José Medeiros, que é próximo de Bolsonaro, dentre outros.

Com tantas “estrelas” e a probabilidade de eleger apenas dois ou três da agremiação, são muitos os que devem ficar de fora. Mas a jornalista não se mostra preocupada. “Eu falo que quero que o partido brilhe, que todo mundo seja bem votado, eu só preciso ter um voto a mais. Entendeu? Então, é isso, que a gente consiga fazer bastante cadeiras, que a gente consiga eleger bastante candidato, eu só preciso ter um voto a mais que eles. É isso que eu desejo. E espero ter possibilidade, espero que eu consiga, porque ninguém entra para perder”, definiu.
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