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Preso por esfaquear jovem até a morte e deixar corpo em posição de cruz afirmou se "sentir bem quando matava"

Da Redação - Bruna Barbosa

Quando esfaqueou Roger André Soares da Silva, de 29 anos, mais de 30 vezes em uma casa no bairro Parque Cuiabá, em Cuiabá, o suspeito já era investigado por outros dois crimes semelhantes na Paraíba e em Pernambuco. Ao confessar um dos crimes a uma parente, o assassino afirmou que "se sentir bem quando matava". 

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De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito matou uma vítima na cidade de Itaporanga (PB), também com um intrumento cortante. Assim como a cena encontrada na casa no bairro Parque Cuiabá, onde esfaqueou Roger até a morte, a quantidade de sangue encontrada era considerável e estava espalhada pelo local. 

Para o delegado Olímpio da Cunha, responsável pelo inquérito, as três cruzes desenhadas pelo suspeito após matar Roger podem indicar que o jovem era sua terceira vítima. O criminoso usou o sangue de Roger para desenhar as cruzes.

O suspeito também era considerado como foragido em Pernambuco, onde cometeu outro homicídio e teve a prisão cautelar decretada. Para Olímpio, o suspeito é de extrema periculosidade. 

“A equipe da Delegacia de Homicídios se empenhou nas buscas pelo paradeiro do investigado, que se mostra de extrema periculosidade. Com a localização dele em São Paulo, damos uma resposta ao anseio da família, em ver o crime esclarecido e o autor preso”. 

A DHPP também constatou outros boletins de ocorrência em que o suspeito figura como autor de ameaça com arma branca e de uma tentativa de homicídio, em Cuiabá.

Suspeito pediu ajuda para ex-namorada

O delegado explicou que, após cometer o crime, o suspeito pediu ajuda para uma ex-namorada, uma mulher trans que mora na Paraíba. Ele chegou a pedir dinheiro, mas ela negou. 

Foi ela quem avisou a neta do proprietário da casa no bairro Parque Cuiabá, na Capital, de que algo havia acontecido no imóvel. 

No local, a testemunha encontrou o corpo de Roger e acionou a polícia. A investigação apontou que o suspeito havia trabalhado para o dono do imóvel, em 2016. 

Ele desapareceu por um período antes de pedir ajuda para trabalhar e um local para morar. O homem afirmou ter tido problemas com a Paraíba, mas que já teria cumprido parte da pena. 

Suspeito e vítima tiveram relações sexuais 

A Polícia Civil firmou que, antes do crime, o suspeito estava bebendo em um bar no bairro Parque Cuiabá, onde teve contato com Roger. Após terem relações sexuais, os dois se desenteram. 

No entanto, mesmo com a discussão, o suspeito chamou o jovem para ir à casa onde ele morava. Para conseguir morar no imóvel, ele usava um nome falso. 

O investigado também usava CNH falsa no momento da prisão e se identificava como Paulo Soares de Melo. Ele foi preso em uma pousada em Urupês, no interior de São Paulo. 
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