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Guerra de facções: jovem atingida por seis tiros teria envolvimento com PCC

Da Redação - Fabiana Mendes

Atingida por seis tiros na noite desta terça-feira (7), Monique Araújo, 18 anos, teria envolvimento com membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em Cáceres (cerca de 220 km de Cuiabá). A tentativa de execução aconteceu em uma lanchonete da cidade. 

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Na vida pregressa, Monique tem dois registros criminais, sendo que em um deles ela figura como vítima de exploração sexual, quando ainda tinha 13 anos. O outro registro é por receptação de veículos.

Apesar das duas passagens oficiais, a reportagem apurou que Monique já teria sido conduzida para delegacia da cidade por tráfico e uso de drogas, porte de simulacro de arma de fogo, estelionato, entre outros.

A principal hipótese é de que Monique tenha sofrido a tentativa de execução por envolvimento com a facção rival do Comando Vermelho. O que se percebe atualmente é que há uma guerra entre os faccionados por busca de território.

Por envolvimento no crime contra Monique, a Polícia Militar prendeu dois suspeitos. Eles estavam em uma moto vermelha, com uma arma de fogo, seis munições deflagradas e são conhecidos como JP e Terrorista (atirador da cidade de Juara).

Em entrevista aos policiais, Terrorista afirmou que teria tido uma briga com a jovem há um tempo e por isso decidiu matá-la. No entanto, apuração da PM indica que a tentativa de homicídio tenha sido motivada por briga entre as facções criminosas.

Ainda conforme a PM, a morte de Monique pode ter sido decretada a mando de outra pessoa, pois Terrorista teria chegado de Juara no dia anterior. Membros de organizações criminosas costumam viajar para outras cidades, onde cometem homicídios por determinação dos líderes para provar lealdade, ou subir de cargos no mundo do crime.

Pode acontecer também do bandido ter descumprido alguma regra da facção e para ser perdoado, ele precisa cometer algum crime violento como decapitações, por exemplo. 

No vídeo registrado por uma câmera de segurança é possível ver que a vítima estava sentada na companhia de outras pessoas, quando o criminoso surgiu atirando em sua direção. Por conta dos disparos, Monique caiu no chão e posteriormente o bandido fugiu.

Nas redes sociais, a jovem mostra seu estilo "mandrake" ou "mandraka", conhecido nas periferias por ter uma estética diferenciada que traz referências do funk no Brasil. A manifestação cultural, que surgiu em São Paulo, virou tendência e passou a ser considerada um estilo de vida.
 
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