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Claudinei reclama de emendas não pagas e expõe ranking dos deputados mais atendidos; veja lista e valores

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Érika Oliveira

Membro do grupo de oposição, o deputado Delegado Claudinei (PL) conseguiu aprovar requerimento exigindo esclarecimentos da Casa Civil, comandada por Rogério Gallo, sobre o cumprimento da promessa de empenho de todas as emendas de 2022 até 30 de junho. Durante fala na sessão desta quarta-feira (06), o parlamentar apresentou um suposto ranking de pagamentos, acusando suposto favorecimento do Paiaguás a deputados da base.

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Conforme a lista, Paulo Araújo (PP) é o deputado com maior valor de emendas já pagas, total de R$ 7,815 milhões. O último é o oposicionista Ulysses Moraes (PTB), que teve apenas R$ 150 mil de emendas pagas pelo Governo. Claudinei ocupa apenas a 22ª colocação, com R$ 370 mil.

“As minhas emendas para a Saúde foram de quase R$ 6,5 milhões dos municípios. Muitos prefeitos e vereadores que pediram essas emendas estão me questionando o motivo pelo qual não foram pagas ainda, sendo que de emendas de alguns deputados foram pagas e as suas não”, afirmou.

Ainda na sessão, Claudinei relembrou reunião com o secretário Rogério Gallo (Casa Civil), no fim de abril, em que ficou garantido o empenho das emendas impositivas. Neste ano, cada parlamentar teve direito a R$ 9,5 milhões em indicações.

“Eu até questionei Gallo, dizendo esperar que o Governo respeitasse o princípio da impessoalidade, que trate os deputados de forma igual, como devem ser tratados, independentemente se é oposição ou não ao governo”, disse.

“Espero a resposta desse requerimento, espero que seja respondido. Dentro do nosso regimento, o mais rápido possível, que seja encaminhada a resposta. Assim que chegar, vou avaliar com a minha equipe jurídica e dependendo da resposta, entrar com alguma medida via Assembleia e via jurídica contra o governador, que está descumprindo o princípio da impessoalidade, e infringindo o que diz a Constituição”, completou, citando que o governador Mauro Mendes (União) teria caráter vingativo ao supostamente favorecer alguns parlamentares.

Questão técnica

Questionado sobre o fato de liderar tal ranking, Paulo Araújo negou que se trate de uma questão de favorecimento a deputados da base. Destacou que a liberação de vultuoso montante é fruto de um trabalho técnico de sua equipe.

“Estamos trabalhando desde o ano passado para que essa liberação pudesse acontecer. Como tenho muita destinação para a Secretaria Estadual de Saúde e na Pasta o repasse de recursos é fundo a fundo, então sai daquela burocracia de convenio, e até nas outras secretarias, como a gente colocou as emendas já fechadas no orçamento do ano passado, facilitou para que essas emendas fossem pagas”, explicou.

“É questão técnica, se fosse questão de base, temos o deputado Max que sempre foi muito mais próximo do Governo, assim como o presidente Botelho, que teve execução um pouco menor. A gente sabia onde que deveria colocar, para facilitar a liberação das emendas. Pouco fizemos remanejamento de emendas de uma secretaria para outra, isso dificulta o trabalho das secretarias”, completou.

Emendas de 2021

Já Lúdio Cabral disse que sua equipe ainda não repassou informações detalhadas sobre o pagamento de emendas apresentadas por ele neste ano. Ressaltou, no entanto, que as indicações de 2021 estão sendo liberadas integralmente, algo que não aconteceu anteriormente.

“Se for fato isso, é uma coincidência interessante. Com esse grau de detalhamento não tenho conhecimento, sei que pouco foi pago. Se for verdade é um fato que as pessoas precisam analisar. O único ano em que as emendas começaram a ser liberadas de forma mais organizada, foi o segundo de 2021 para cá. As emendas de 2021 estão sendo liberadas e eu não percebi qualquer tipo de privilégio ou desfavorecimento”, afirmou.

“Pode ser que os deputados da base tenham acesso a outros recursos ou o pagamento das emendas acelerado, mas as emendas de 2021 que propus estão sendo, gradativamente, pagas. Em relação a 2022 é que não tenho conhecimento ainda de um volume de pagamento. É provável que o valor liberado seja esse, mas não quero acreditar que seja resultado de diferença política ou partidária”, pontuou.

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