A Prefeitura de Cuiabá e o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) lamentaram o óbito da enfermeira Fabiana Maria Amaro da Silva, 39 anos, brutalmente assassinada com cerca de 20 golpes de faca na madrugada desta segunda-feira (1), no Residencial Paiaguás, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá).
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Paulo Rós, diretor-geral da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), que administra o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), destaca que Fabiana era uma funcionária exemplar. "Ótima funcionária, extremamente dedicada ao trabalho, vai deixar um vazio muito grande. Que Deus conforte à família e amigos", disse.
"A enfermeira Fabiana foi brutalmente assassinada, estou profundamente abalado com o que aconteceu. Rogo a Deus para que conforte a família neste momento tão difícil e torço para que a polícia chegue até o culpado, e que a justiça seja feita", lamentou o prefeito Emanuel Pinheiro.
Enfermeira desde 2015, a profissional começou sua carreira na saúde como técnica de enfermagem, em 2007. Ela trabalhou em unidades como o Hospital Regional de Alta Floresta, Hospital Metropolitano e o Centro de Testagem de Covid-19, em Cuiabá.
Atualmente trabalhava no HMC, após passar em um processo seletivo. Ela atuava como enfermeira no período diurno e cursava o quinto semestre do curso de odontologia.
"Neste momento de tristeza, o Coren-MT presta as suas condolências aos familiares e amigos de Fabiana", diz trecho da nota de pesar do Conselho.
O homicídio
De acordo com informações apuradas pela reportagem, o crime aconteceu por volta de 2h da madrugada de hoje. Um vizinho ouviu os gritos do suspeito pedindo ajuda e ao chegar no local se deparou com a mulher caída de bruços. “Me ajuda, minha mãe tá acidentada”, dizia o suspeito.
O vizinho então acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Inicialmente a suspeita era de suicídio, no entanto, constatou-se através da perícia e do atendimento inicial dos socorristas que a mulher teria sido brutalmente assassinada com facadas na região do peito.
A gritaria do rapaz pedindo ajuda durou bastante tempo, mas os vizinhos pensaram se tratar de uma ‘briga de bêbado’, pois ele teria ingerindo bebida alcoólica. É possível que ele tenha pedido ajuda para forjar um acidente ou suicídio.
Quando os policiais militares chegaram ao local perceberam o rapaz de 18 anos bastante exaltado e acabaram encaminhando-o para Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi ouvido pelo delegado Hércules Batista.
Ele era a única pessoa na cena de crime e é apontado como autor.