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PM que formou grupo de extermínio tentou matar comparsa de tráfico após ele mudar de lado
Da Redação - Fabiana Mendes
Acusado de formar grupo de extermínio e conduzir uma milícia privada, o sargento da Polícia Militar Manoel Santos da Silva ordenou a morte do ex-parceiro de tráfico de drogas após ele 'mudar de lado' e passar a integrar a facção criminosa Comando Vermelho na cidade de Brasnorte (508 km de Cuiabá). E.S.N.sofreu tentativa de execução no dia 20 de abril de 2021, quando chegava em casa com a namorada à época. A investigação revelou que o autor do crime é Oziel da Silva Gonçalvez.
Leia também:
PM formou grupo de extermínio para dominar tráfico de drogas e inocentes foram assassinados, aponta investigação
Conforme inquérito conduzido pelo delegado Eric Fantin Oziel, da Delegacia de Brasnorte, como o militar pretendia dominar o tráfico de drogas na região, ele entrou em uma guerra com o CV para domínio de território. Outro motivo seria porque os membros da facção estariam tentando matar os pistoleiros do policial. Na cidade fala-se em cerca de 40 homicídios com envolvimento do policial.
Investigação
E.S.N. era parceiro de Oziel e Manoel e ao saber dos crimes cometidos por eles passou a ser perseguido pelo militar. Manoel teria passado ainda a dizer que E.S.N. era traficante e que "mexia com mulheres dos outros".
Como já estava atento e com medo de Oziel, a vítima adotou uma estratégia para chegar em casa. Antes de entrar costumava clarear a frente do imóvel com o farol da motocicleta.
No dia do crime, quando iluminou a região, observou Oziel sentado próximo da cerca.
Ao ver Oziel, a vítima fugiu com a moto e o suspeito passou a atirar diversas vezes, sendo que alguns disparos atingiram E.S.N. . Apesar dos disparos, E.S.N. sobreviveu.
Depoimento
Um depoimento revelou que E.S.N. gerenciava o tráfico de cocaína do militar. Mas a facção criminosa teria dado uma 'chance' para ele ao descobrir que a vítima trabalhava para o policial. E.S.N. deveria mudar de lado ou seria morto e assim E.S.N. fez.
O sargento então descobriu a mudança de lado e usou do cargo de comandante da PM na cidade para prender E.S.N. por tráfico de drogas e tomou sua arma, 20 dias antes da tentativa de homicídio. A ideia seria de facilitar a execução já que sem arma, E.S.N. não conseguiria.
A suspeita é de que Oziel estaria acompanhado de uma segunda pessoa quando tentou matar a vítima. O suspeito está foragido
O delegado Eric Fantin concluiu o inquérito no último dia 3. Manoel e Oziel foram indiciados por homicídio triplamente qualificado.
Prisão
A prisão preventiva contra o militar foi expedida pela Justiça no dia 21 de julho e ele se apresentou ao Batalhão da Polícia Militar de Tangará da Serra no dia seguinte, ocasião em que teve a ordem judicial cumprida.
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E.S.N. era parceiro de Oziel e Manoel e ao saber dos crimes cometidos por eles passou a ser perseguido pelo militar. Manoel teria passado ainda a dizer que E.S.N. era traficante e que "mexia com mulheres dos outros".
Como já estava atento e com medo de Oziel, a vítima adotou uma estratégia para chegar em casa. Antes de entrar costumava clarear a frente do imóvel com o farol da motocicleta.
No dia do crime, quando iluminou a região, observou Oziel sentado próximo da cerca.
Ao ver Oziel, a vítima fugiu com a moto e o suspeito passou a atirar diversas vezes, sendo que alguns disparos atingiram E.S.N. . Apesar dos disparos, E.S.N. sobreviveu.
Depoimento
Um depoimento revelou que E.S.N. gerenciava o tráfico de cocaína do militar. Mas a facção criminosa teria dado uma 'chance' para ele ao descobrir que a vítima trabalhava para o policial. E.S.N. deveria mudar de lado ou seria morto e assim E.S.N. fez.
O sargento então descobriu a mudança de lado e usou do cargo de comandante da PM na cidade para prender E.S.N. por tráfico de drogas e tomou sua arma, 20 dias antes da tentativa de homicídio. A ideia seria de facilitar a execução já que sem arma, E.S.N. não conseguiria.
A suspeita é de que Oziel estaria acompanhado de uma segunda pessoa quando tentou matar a vítima. O suspeito está foragido
O delegado Eric Fantin concluiu o inquérito no último dia 3. Manoel e Oziel foram indiciados por homicídio triplamente qualificado.
Prisão
A prisão preventiva contra o militar foi expedida pela Justiça no dia 21 de julho e ele se apresentou ao Batalhão da Polícia Militar de Tangará da Serra no dia seguinte, ocasião em que teve a ordem judicial cumprida.