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Familiares e amigos homenageiam universitário morto atropelado na Beira Rio e cobram justiça; veja vídeo

Da Redação - Pedro Coutinho Bertolini

Familiares e amigos prestaram homenagem ao estudante de medicina veterinária Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa, 21, que morreu vítima de atropelamento na Avenida Beira Rio, em Cuiabá. Após missa de agradecimento na Igreja Mãe dos Homens nesta quinta-feira (8), eles se reuniram na praça Santos Dummont para agradecer pela vida e cobrar justiça por Frederico, classificado como “um menino de coração manso, alegre, feliz e que fazia todo mundo rir”.

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Vestindo uma blusa branca com a imagem de Frederico e com balões brancos em mãos, os amigos e familiares preencheram a praça para homenagear a jovem perda.

“Para tudo tem um tempo, para plantar e para colher. Hoje eu quero agradecer pela vida do Frederico. Um menino de coração manso, alegre, feliz e que fazia todo mundo rir. Que gostava da música, de viver a vida. E o legado que ele deixa hoje, é que a gente faça o nosso melhor, que a gente possa amar as pessoas, os animais da natureza, e contemplar todas as coisas que deus fez para nós e faz”. 

O estudante foi atropelado e morto na última segunda-feira (2), na Avenida Beira Rio, em Cuiabá. A vítima estava em uma distribuidora de bebidas, quando foi até a rua, próximo a um veículo estacionado, e acabou sendo atingida pelo veículo, que fugiu sem prestar socorro.

A mãe do estudante gradeceu a cada um que estava na praça em homenagem a seu filho. “Pelo gesto de carinho com minha família, pelo amor que vocês tiveram pelo meu filho”, lamentou a mãe acrescentando que Frederico deixou um legado de alegria para todos que lhe conheciam.

“Ele não tinha medo da morte, e isso me acalma o coração, me acalenta e me faz seguir. A vida é muito mais que o sofrimento e a morte não é uma separação. A gente vai se encontrar. E Justiça por Frederico”, finalizou.
Após a fala da mãe, todos os presentes soltaram os balões brancos para o céu e saudaram o universitário com uma salva de palmas.

Homicídio Culposo

O advogado de defesa de Daniele Corrêa da Silva, 24, motorista do carro que atropelou e matou o universitário Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa, 21, relatou que a jovem se arrepende e sente a dor de ter causado o acidente na avenida Beira Rio, em Cuiabá. Daniele prestou depoimento por duas horas ao delegado José Carlos Damian, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), na tarde desta quinta-feira (8). 

Com a cabeça coberta pelo capuz de uma blusa, Daniele entrou pelos fundos da delegacia por volta das14h, para despistar a imprensa que a aguardava no local. Na saída, deixou a delegacia no carro do advogado. 

Antes de partir, o advogado Carlos Braga falou rapidamente com a imprensa. Ao ser questionado sobre o arrependimento de Daniele, ele foi enfático ao responder. “Claro. Ela sente a dor do que aconteceu. Ninguém imagina passar por uma situação dessas. É um acidente, infelizmente aconteceu. Ela vai assumir as responsabilidades dela. De acordo com a culpabilidade, ela vai responder na Justiça”, declarou.

O jurista afirmou que a jovem sempre esteve disposta a contar toda a verdade e esse, inclusive, seria um dos motivos pelos quais ela trocou de advogado. Inicialmente, a defesa dela seria realizada por um dos advogados de Diogo Pereira Fortes, proprietário do Honda City. “Segundo ela, a troca aconteceu em decorrência dessa meia verdade. A intenção da Daniele sempre foi relatar toda a verdade”, esclareceu Carlos Braga.

Ainda segundo a versão do advogado de defesa da jovem, na madrugada do dia 2 de setembro, quando houve o acidente, Daniele não teria percebido o atropelamento e pensou ter colidido em uma caminhonete. “Não, não percebeu, não percebeu. Ela falou que tinha colidido com um veículo, uma caminhonete”, diz.

“Em nenhum momento ela se furtou de vir aqui ou de algum tipo de responsabilidade. O próprio delegado que marcou [a oitiva] para a gente comparecer aqui na quinta-feira, conforme foi designado, a gente compareceu”, finalizou.

Daniele vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
 
 
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