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Prefeitos minimizam fechamento do comércio e mantêm apoio a protestos

Da Redação - Érika Oliveira / Do Local - Isabela Mercuri

Empresários de diversas cidades de Mato Grosso decidiram fechar as portas nesta segunda-feira (07) em protesto ao resultado das eleições para presidente da República, que elegeu Luis Inácio Lula da Silva (PT). Não há neste momento um levantamento de quantos municípios ou estabelecimentos aderiram ao movimento, que de acordo com prefeitos é uma ação orgânica e sem a participação das entidades de classe.

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“Não tem um movimento das entidades, é algo voluntário dos empresários que devem aderir a essa paralisação, a esse protesto do dia de hoje”, afirmou o prefeito de Primavera do Leste, Leonardo Bortolin (MDB).

Bortolin faz parte do grupo de gestores mato-grossenses que endossa as manifestações. No último final de semana, ele convocou atos em Primavera do Leste para reclamar do resultado das eleições. Para o emedebista, os pedidos de intervenção militar ou intervenção federal vistos nos protestos não têm validade, mas a indignação das pessoas deve ser respeitada.

Na última quinta-feira (03), presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou que o resultado da urna é incontestável e que “criminosos” que atacam o sistema eleitoral serão responsabilizados.

“É uma insatisfação em relação à eleição que aconteceu. E eu acredito que todo movimento democrático, que não impeça o direito de ir e vir, que não interfira nos interesses das pessoas, tem que ser pautado de maneira significativa. Ao lado da população primaverense e de lideranças locais entendemos que devíamos fazer força a esse movimento. Da nossa parte não pedimos nenhum tipo de intervenção, o que fazemos é um protesto pra demonstrar nossa insatisfação em relação ao resultado das eleições”, justificou.

Segundo o prefeito de Campo Verde, Alexandre Lopes (UNIÃO), as manifestações seguem acontecendo no município, mas as rodovias que cercam a cidade não chegaram a ser totalmente obstruídas.

Lopes disse que também tomou conhecimento da paralisação dos comerciantes e, assim como Bortolin, afirmou que concorda com os atos.

“Tivemos conhecimento pela imprensa, mas não vimos até o momento se concretizar. Mas há o comunicado. Não tem como mensurar antes que aconteça. O que eu imagino é que, desde que seja algo com o espirito ordeiro, é valido, até para que as classes se organizem e façam o que acham ser certos. É complicado ter um ponto de vista baseado em um lado. A população tem direito de pedir o que quiser desde que esteja enquadrado naquilo que se pode. A reivindicação é valida desde que aquilo que se pleiteia seja legitimo. Não vejo isso como algo anormal, desde que não afronte no direito de ir e vir da população”, pontuou.
 
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