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'Eu nunca fiz nenhum movimento contra ou a favor', afirma Mauro sobre julgamento de intervenção

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Com a retomada do julgamento previsto para a próxima quinta-feira (9), o governador Mauro Mendes (União) fez questão de negar qualquer tentativa de interferência no Tribunal de Justiça (TJMT) para que o órgão Especial decida pela intervenção estadual na Secretária de Saúde de Cuiabá.
 
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O gestor, que demonstra ser a favor da medida, afirma que o Estado está pronto para voltar a assumir o comando da Pasta municipal, caso essa seja a decisão dos desembargadores que integram o Órgão Especial.

“Eu nunca fiz nenhum movimento contra ou a favor em relação a essa decisão. Ela compete exclusivamente ao Tribunal de Justiça. Como cidadão cuiabano, corta o coração ver o sofrimento de grande parte da população. Basta andar pelos bairros, basta falar com as pessoas que usam o sistema publico de Saúde, é lamentável todo o descaso, não só na Saúde. Ouvi de uma pessoa importante no cenário, que nunca na história viu um descalabro tão grande como se vê aqui”, afirmou, em conversa com a imprensa nesta terça-feira (7).

“Mas compete aos 13 desembargadores. Ninguém nunca me viu conversando com ninguém a esse respeito, fazendo pedido a favor ou contra. Se o Tribunal decidir, nós vamos nomear alguém, vamos pra lá e trabalhar para ajudar a minimizar”, completou.

Mauro adiantou que caso a decisão seja pela intervenção, o Estado irá trabalhar minimizar os problemas, já que resolver toda a situação da área é impossível em tão pouco tempo.

“Achar que em 90 dias nós vamos chegar lá e resolver num passe de mágica, não. Mas, sempre acreditei em Deus e no trabalho sério e tenho convicção que com trabalho sério nós vamos melhorar muito a Saúde”, declarou.

Mauro explicou que nos seis dias de intervenção, a equipe nomeada por ele deu início nos trabalhos de diagnóstico para entender o tamanho do problema. “Precisamos entender quantos fornecedores estavam em atraso, como estava a situação financeira. Começamos a entender o problema da falta de médicos nas policlínicas, falta de remédio (...) para implementar as decisões necessárias.  O caso continua instaurado, a UTI pediátrica continua fechada desde janeiro e não reabre e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) tem a cara de pau de falar que a culpa é da intervenção. Se foi, no oitavo dia abria, então! Olha só quantas crianças podem ter morrido nesse período?”, pontuou.

Julgamento

Julgamento sobre a intervenção será retomado pelo Órgão Especial nesta quinta-feira (9), às 14h. O processo havia sido adiado no dia 23 de fevereiro após o desembargador Rubens de Oliveira Filho pedir vista levando em consideração o tamanho do processo e a importância da intervenção para a sociedade mato-grossense.

Na sessão anterior, o desembargador Orlando Perri, relator do caso, votou pela intervenção. Rui Ramos Ribeiro e Maria Erotides Kneip acompanharam o voto. Outros dois magistrados, Paulo da Cunha e Carlos Alberto, disseram também acompanhar Perri, mas que poderiam mudar seus votos a depender da vista a ser apresentada.
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