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Notícias / Cidades

Nove pessoas são presas em operação que investiga facções criminosas; três continuam foragidas

Da Redação - Marcos Salesse

Ao todo nove pessoas foram presas durante a segunda fase da Operação Dissidência, deflagrada pela Força-tarefa de Segurança Pública de Mato Grosso (FTSP/MT), no fim da tarde desta quarta-feira (8). A ação visou a execução de mandados de prisão preventiva contra integrantes de facções criminosas que atuam no norte e
de Mato Grosso. Outras três pessoas seguem foragidas. 

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Segundo informações preliminares, até o momento seis novas prisões foram realizadas, sendo eles: Auzelia Fabiano de Oliveira, Ariane Rodrigues Schmidt, Juvenilson dos Santos Martins, Cariny Alves Monteiro, Giseli Ieda Benitez de Farias e Luís Marcos Rodrigues. Outros três nomes já haviam sido presos e receberam novos mandados, são eles: Luccas Emanuel Ferreira Trindade, vulgo "Maligna", Eduardo Pereira Cabral e Wesley Silva Sousa, vulgo "Cabeça de Porco". 

Minutos antes da prisão, Juvenilson chegou a gravar um vídeo negando fazer parte de qualquer organização criminosa. O acusado, que atua como comunicador em Peixoto de Azevedo (672 km de Cuiabá), afirmou na gravação que é inocente e que sua prisão faz parte de uma ação de retaliação após tentar investigar a presidente da Câmara Municipal, a vereadora Rosangela de Matos Dias. 

"Não tenho envolvimento algum com o crime organizado. Não tenho contato com faccionado. Não faço parte de nenhuma quadrilha. Simplesmente tive contato com um ex-faccionado que estava disposto a fazer uma delação, entregar quem eu estava investigando, que é a presidente da Câmara de Peixoto de Azevedo", disse o acusado. 

Primeira fase

A ordem de execução partida de lideranças contra os “irmãos” da própria facção criminosa causou revolta entre os membros, que resolveram deixar o Comando Vermelho e fundar um grupo rival. A partir dessa divisão, uma série de homicídios foi registrada na cidade de Sorriso (420 km de Cuiabá) e 11 pessoas morreram em um período de 13 dias em 2022.

Com o aumento expressivo nas execuções em um curto período de tempo, a Força-Tarefa de Segurança Pública de Mato Grosso (FTSP/MT) passou a investigar os casos e descobriu que o ‘racha’ na facção criminosa resultou ainda em uma disputa por território do tráfico de drogas.

Os dissidentes, que também se denominavam faccionados, entraram em confronto com os criminosos que permaneceram no Comando Vermelho.  Atualmente, três facções rivais no norte de Mato Grosso estão em guerra: Comando Vermelho, Primeiro Comando da Capital (PCC) e Tropa do Castelar.  

A primeira fase aconteceu em 18 de agosto do ano passado e cumpriu 70 mandados de prisão e de busca e apreensão. Com o material apreendido durante as diligências, outros integrantes que atuavam diretamente nos crimes praticados pelos grupos criminosos, em especial tráfico de drogas e homicídio, foram indiciados e as prisões representadas.

Em decorrência do inquérito policial, 36 pessoas se tornaram rés na ação penal, que tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, sendo que uma delas será julgada pela 11ª Vara Criminal - Justiça Militar.
 

 
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