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Mauro afirma que gabinete adota medidas para entregar UPA Jardim Leblon ainda no prazo da intervenção

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que irá buscar todas as medidas possíveis para concluir as obras da UPA Jardim Leblon dentro dos 40 dias que ainda restam de intervenção na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O gestor vistoriou o local na terça-feira (2) e determinou alguns ajustes para que a inauguração possa ser feita.

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“Vamos fazer o que é possível fazer nesses pouco mais de 45 dias para entregar um equipamento de qualidade, bem superior ao que tem em outras unidades municipais. Estive lá, tinha pequenas obras, reparos de vícios de construção, e pedi uma série de melhorias na unidade, que a equipe está projetando e vai contratar e dentro do prazo da intervenção nós queremos entregar uma unidade de qualidade, padrão muito superior ao que normalmente é feito”, afirmou.

Após alguns entraves no edital de contratação, a obra teve início em 2016, ainda na gestão Mauro. A previsão inicial era de que a reforma seria entregue já em 2017. Anos depois, em junho de 2022, no segundo mandato do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), a prefeitura informou que já havia investido R$ 6,5 milhões na obra, que entrava em fase de acabamento, com entrega prevista para acontecer no segundo semestre do ano.

Neste ano, pouco antes da intervenção, Emanuel chegou a se encontrar Lula (PT) em Brasília e convidar o presidente para participar da inauguração da UPA em abril, no aniversário da capital.

De acordo com Mauro, quando começou a construção da UPA, ele não se preocupou em entregar ainda dentro do seu mandato no Palácio Alencastro, mas lamentou o fato de a unidade não ter sido entregue nos últimos sete anos.

“Agimos com o prazo de 90 dias, que é o prazo da intervenção, mas tomo as decisões como sempre fiz. Quando comecei a construir aquela UPA lá não me preocupei se meu mandato terminaria em dezembro, como de fato terminou, pois não quis ir à reeleição. Comecei a construir aquela UPA, a UPA do Verdão, o HMC... só fico triste, pois demorou tantos anos assim para terminar”, disse.

“Mas está terminando e como o Estado está administrando a Saúde de Cuiabá, eu falei: não importa se vai durar 15 dias, se tiver algo de ruim, sabem que não inauguro. Se for pra inaugurar com qualidade ruim de equipamento público, não me chama e eu não autorizo fazer. Como nós estamos comandando, decidi ir lá pessoalmente, como faço normalmente”, completou.

Outras unidades

Mauro ainda condenou outras unidades administradas por Emanuel, como o antigo Pronto-Socorro Municipal – que também vistoriou pessoalmente – e a Policlínica do Coxipó – que viu a situação precária por meio de fotos.

“Nós estamos olhando, a unidade (PSM) está sucateada. É deplorável algumas áreas lá dentro, e fui olhar o que é possível fazer nesse período de intervenção, para que possamos a qualidade daquela infraestrutura e dar uma melhor utilização, pois está totalmente abandonado. Entrei no terceiro andar, onde tínhamos 15 UTIs e só sete funcionando; oito estavam paradas. Das outras UTIs tinham várias paralisadas também. Nas enfermarias, um abandono completo, é deplorável a situação que aqueles seres humanos estão ali”, disse.

“Feio é apelido, (a policlínica do Coxipó) está horrível. Não posso tratar a Secretaria de Saúde de Cuiabá, diferente do que trato os demais 140 municípios. Fizemos alguns acordos com o Tribunal de Contas (TCE-MT), que pediu a antecipação de alguns recursos, o que já foi feito, para dar uma saneada neste momento grave. Muita coisa já aconteceu e já recebo relatos de pessoas que voltaram a encontrar médicos nas unidades”, pontuou.
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