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Oposição e situação se juntam para cassar mandato de Edna na Câmara de Cuiabá

Da Redação - Airton Marques

Oposição e situação se juntaram e apresentaram dois requerimentos de abertura de processo disciplinar na Comissão de Ética contra a vereadora Edna Sampaio (PT), que passou a ser questionada por exigir que uma ex-chefe de gabinete repassasse para suas contas a verba indenizatória paga pela Casa.

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Na sessão desta quinta-feira (4), os pedidos apresentados pelo líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Luiz Claudio (PP), e pelos oposicionistas Dilemário Alencar (Podemos) e Eleus Amorim (Cidadania) foram lidos pela Mesa Diretora. Com isso, os requerimentos serão analisados pela Procuradoria da Casa, que emitirá um parecer para a Comissão de Ética, presidida por Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania).

Ao defender a abertura do processo que pode resultar na cassação do mandato, Luís Claudio afirmou que a petista poderá esclarecer os fatos. Além disso, pontuou que a conduta de Edna coloca em xeque a imagem de todos os demais 24 vereadores e que, por isso, é preciso esclarecer a acusação.

“Julgamento tem que ser feito após amplo direito de defesa da vereadora e o esclarecimento dos fatos na Comissão de Ética. Os fatos apresentados são graves e o julgamento final será feito em plenário. Para evitar essa discussão, apresentei o requerimento de processamento na Comissão de Ética. Caberá a nós vereadores, sendo o fato verdadeiro ou falso, o julgamento final sobre o ato”, disse.

“Temos que ter a consciência de que isso não pode contaminar a cabeça de cada um de nós 25 vereadores. Irá pairar sobre nós que isso é prática comum na Câmara. Cada um é responsável pelo fato que pratica. A única oportunidade que a vereadora tem de limpar o nome é no Conselho de Ética, não é pela imprensa, não é por vídeo, atacando ou criticando. Vai ter oportunidade de provar se é inocente ou não. Se transferir o dinheiro para sua conta é devido ou não. A legislação é muito clara neste sentido e não podemos infringir a lei”, completou.

Pelo lado da oposição ao prefeito, Eleus afirmou que as acusações contra a colega são graves. “A vereadora tem todo o direito de se defender. As informações veiculadas na imprensa são graves e devem ser apuradas, porque por muito menos nessa Casa, vereadores já foram cassados. Eu sairei hoje, encerrarei o meu expediente, mas caberá aos demais vereadores o dever de responder a sociedade”, afirmou.

Acusação

Conforme a denúncia veiculada na quarta-feira (3), Edna recebeu pelo menos R$ 20 mil de Verba Indenizatória (VI) em transferências feitas no ano passado por sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira. A servidora foi exonerada no final do ano passado, mesmo estando gestante e acabou sendo indenizada em R$ 70 mil. Ela ganhava R$ 7 mil de salário e mais R$ 5 mil de VI.

A petista negou acusação de “rachadinha” e afirmou que os recursos eram centralizados. “Independentemente da conta que eles caíssem, era aportado na conta do mandato para que a gente pudesse custear as despesas do mandato. Então, não tem nenhuma irregularidade, nenhuma ilegalidade, não tem nenhuma rachadinha”, afirmou.
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