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Mendes ignora relatório da ANTT sobre risco de viabilidade econômica da Ferrogrão: 'por enquanto é preciso pensar nas licenças'

Da Redação - Max Aguiar

Diferente do que pensa alguns defensores da Ferrogrão, sobre o possível banho de "água fria" diante da resposta da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na retomada dos estudos de viabilidade, o governador Mauro Mendes (UNIÃO) acredita que o essencial, no momento, não é pensar em aumento nos valores de insumos para as obras, mas sim empenhar forças em liberar o licenciamento ambiental.

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Na terça-feira (11), o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiou sobre relatório da ANTT que apontava "elevado risco sobre a viabilidade econômica desse projeto diante do cenário atual". Entre os motivos para justificar sua afirmação, o superintendente de Concessão de Infraestrutura, Marcelo Fonseca, citou o aumento dos insumos para a construção de trilhos.

Porém, na visão do Executivo de Mato Grosso, a principal preocupação agora é sobre licenças ambientais. "Não há o que se falar em preço do ferro ou outros insumos estarem elevados se ainda nem temos obras. Esse assunto de preço é para ser tratado com a iniciativa privada. O governo precisa liberar as licenças ambientais para iniciar obras. Por enquanto, é preciso pensar nas licenças", disse o governador. 

A Ferrogrão é um sonho antigo do agronegócio mato-grossense. O projeto prevê a construção de 933 quilômetros de trilhos para ligar Sinop (MT) a Miritituba (PA), facilitando a exportação de grãos através dos portos do Arco Norte, o que daria grande vantagem competitiva aos produtores de Mato Grosso.

Porém, a ferrovia é envolta por polêmicas ambientais, que levaram à suspensão dos estudos técnicos até maio deste ano, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou novamente os procedimentos. 
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