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PL aponta ligação entre Thiago Silva e esquerda e descarta aliança para disputa à prefeitura de Rondonópolis

Da Redação - Max Aguiar

O presidente do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso, Ananias Filho, confirmou que Rondonópolis (212km de Cuiabá) terá candidato próprio para disputa de prefeito, em 2024. Segundo o político, o PL precisa de alguém que defenda as diretrizes da direita raiz e para isso já tem alguns nomes filiados e outros que podem chegar para compor. Aliança com o deputado estadual Thiago Silva, porém, foi descartada. 
 
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Em entrevista ao podcast Sem Moagem, nesta quinta-feira (20), Ananias Filho reafirmou que o partido ainda não definiu o pré-candidato, mas alguns nomes estão no radar, entre eles, o ex-deputado estadual Delegado Claudinei, o jornalista Agnelo Corbelino, ambos filiados no PL, e o deputado estadual Cláudio Ferreira, que está filiado no PTB, mas já recebeu convite do ex-presidente Jair Bolsonaro para compor a sigla.

“Já definimos que vamos ter candidato próprio a prefeito. O nome ainda está sendo avaliado. Temos algumas opções com chances concretas de vencer e que de fato representam a direita, entre eles o Delegado Claudinei, o jornalista Agnelo, o deputado estadual Cláudio e o ex-deputado federal e ex-prefeito Adilton Sachetti (Republicamos)”, frisou Filho, que é ex-prefeito de Rondonópolis.

Com relação ao deputado estadual Thiago Silva, que é pré-candidato a prefeito pelo MDB, Ananias revelou que o parlamentar procurou o PL, mas que a aproximação foi descartada, uma vez que sua atuação é de esquerda e seu partido está na base do governo do PT com vários cargos, entre eles, ministérios estratégicos. “O Thiago procurou o PL, mas ele atua mais à esquerda. Seu partido, o MDB representa a esquerda em Mato Grosso desde 1982”, enfatizou o dirigente do PL.

Apesar de ter procurado o PL, Thiago Silva, que tem como padrinho o ex-deputado federal e presidente estadual do MDB, Carlos Bezerra, criticou o extremismo político sinalizando que os alvos de sua pré-campanha serão os adversários de direita e apoiadores do ex-presidente Bolsonaro.

Ananias reforçou ainda que o PL hoje representa a direita no Brasil e que não aceitará nenhum filiado com posição dúbia em relação aos valores conservadores. Isso se aplica também a futuras alianças partidárias e eleitorais. “PL é um partido de direita e quem não aceitar isso é convidado a sair da legenda. Não aceitamos erguer outras bandeiras que não sejam as da direita em Mato Grosso e no Brasil”.

Informação negada

Ao contrário do que disse Ananias, Thiago afirmou que na reunião entre as siglas, o PL admitiu não ter um pré-candidato já definido, mantendo aberta a possibilidade de apoiar o nome do emedebista, que articula uma candidatura de oposição ao grupo do prefeito José Carlos do Pátio (PSB).

Por meio de nota, Thiago ainda relembrou o histórico de aliança do partido de Ananias com o MDB que teve a sigla partidária na sua vice-prefeitura, em 2012, com o nome de Valeria Bevilcqua.

Por fim, o emedebista reforçou o discurso contrário ao extremismo político, pontuando seu posicionamento moderado.

“Infelizmente, atitudes radicais dividem os segmentos econômicos e classes sociais da cidade, e que o projeto que ele deseja construir pelo bem do município busca trabalhar sem extremismo, com ampla participação social, visando colocar a cidade aonde ela merece, no rumo do desenvolvimento social e econômico e do protagonismo em Mato Grosso”, pontuou.
 
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