Imprimir

Notícias / Política MT

Fábio afirma que relação com Botelho continua a mesma, mas pondera que saída do União não foi formalizada

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

O chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, afirmou que a relação com o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho, continua a mesma de antes da declaração de que o deputado deixaria os quadros do União Brasil. Sobre o anúncio, no entanto, o secretário ponderou que a eventual desfiliação ainda não foi comunicada ao diretório estadual do partido.

Leia também
Assessores de Diego Guimarães sofrem acidente na BR-163 à caminho de agenda política


“Não vou comentar a especulação, porque a gente não recebeu nenhuma formalização do Botelho com relação à possível saída dele do União Brasil”, disse, em conversa com a imprensa nesta terça-feira (15).

“O União Brasil é um partido que tem pessoas muito experientes e maduras na sua executiva, como o governador Mauro Mendes, o senador Jayme Campos; deputados estaduais Dilmar Dal Bosco, Sebastião Rezende, o próprio Botelho, o senador Mauro Carvalho. É um conjunto de pessoas experientes, com uma ampla capacidade de dialogar para que a gente possa de alguma forma fazer os devidos encaminhamentos dentro do partido”, completou.

Fábio relatou encontros com Botelho, durante lançamento das obras do Novo Centro Infantil de Cuiabá e na abertura da Exposição de Atacadistas e Mercadistas de Mato Grosso, no Centro de Eventos do Pantanal. Em um dos discursos, Botelho brincou, dizendo que torce para que Fábio volte para a Câmara dos Deputados e fique no cargo até o fim do mandato, em 2027. “Obviamente não tem nenhuma dificuldade de conversar com o Botelho. Ele falou que torce muito por mim, inclusive agradeço a torcida do Botelho pela minha pessoa”.

“Eu acho que a política faz parte, o diálogo na vida, na política é um instrumento importante e dialogar não somente com o deputado Botelho, mas dialogar com todos faz parte da busca do entendimento”, garantiu.

Saída do União

Botelho aguarda reunião com o governador Mauro Mendes para selar sua saída do União Brasil. Havia expectativa de um encontro na manhã desta segunda-feira (14), mas o parlamentar segue “na geladeira”.

Botelho depende de uma autorização dada por Mendes para deixar o partido. Publicamente, o parlamentar que articula candidatura à Prefeitura de Cuiabá, diz que não tem pressa para tal conversa e que, no momento, não sabe qual será seu futuro político.

“Não teve conversa, mas estamos tranquilos, pois tem muito tempo até eleição. Muita água para rolar. Primeiro estamos fazendo a preliminar pra Copa do Mundo”, disse.

Segundo lideranças que têm acompanhado o presidente do Legislativo em agendas com as siglas que sondam sua filiação, Botelho tem se sentindo incomodado em ser deixado em “banho maria” por Mauro. “Se não resolver essa questão partidária, ele não consegue avançar com os outros partidos que querem a filiação dele. Não adianta discutir projeto de candidatura sem a certeza do que vai virar essa situação no União Brasil”, disse uma fonte.

Mauro já disse que se for da vontade de Botelho, não irá se opor a sua saída. O governador, no entanto, tem sustentado que a escolha pelo candidato do União Brasil em Cuiabá não obedecerá necessariamente a sua vontade – Mauro já assumiu predileção pelo nome de Fábio Garcia na disputa.

Nos últimos dias, a ala maurista no União Brasil também tem buscado apaziguar a crise com Botelho. As lideranças defendem que Mauro estabeleça critérios, como por exemplo a realização de pesquisas, para resolver a equação entre Botelho e Fabinho.

Nos bastidores, porém, Mauro estaria munido de uma pesquisa qualitativa que indicaria uma forte transferência de votos para candidatos apoiados por ele na Capital, o que estaria lhe empolgando a alimentar a candidatura de Fabio Garcia. “A saída do Botelho é questão de tempo. Tá dependendo só de o Mauro liberar”, completou a fonte.
Imprimir