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Em visita à terra indígena, Jayme critica ONGs e diz que organizações são parte de interesses internacionais

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Pedro Coutinho

Na última quinta-feira (26), integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs visitaram terras dos indígenas Paresí, em Campo Novo do Parecis (400 km de Cuiabá). A comitiva foi liderada pelo senador Jayme Campos (UNIÃO).

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Em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (28), o congressista comentou sua ida ao local e disse que ficou impressionado com as atividades agrícolas desenvolvidas pelos indígenas. Jayme também criticou as ONGs, afirmando que as organizações servem a interesses de players internacionais.

“Essas ONGs fazem jogo de grandes traders internacionais, como também de governos que não querem que o Brasil seja competitivo no mercado internacional”, disse. 

“A maioria das etnias do Brasil não quer ONGs. Lá não tem ONG na comunidade Chapadão do Parecis e por isso é um sucesso. São 20 mil hectares de soja e milho que são plantados em duas safras. É um sucesso. Para você ter uma noção, é tanto sucesso que lá não há participação de nenhuma ONG.  No ano passado, eles fizeram uma distribuição de lucro de R$ 10 milhões para todos os índios que moram na reserva”, acrescentou.

Os senadores identificaram a produção de mais de 100 milhões de toneladas de milho com o uso de agricultura mecanizada. Segundo o senador, os indígenas apresentaram aos parlamentares uma série de reivindicações, como a isenção de tributos para as cooperativas de produção agrícola do local.

Para Jayme, a CPI tem a possibilidade de fazer com que os povos indígenas possam reagir ante as ONGs com o apoio do Congresso Nacional. Ele afirmou que ainda na última semana, povos indígenas da etnia Xavante estiveram em uma audiência na CPI e afirmaram que rejeitam participação de ONGs em suas terras. 

“Os povos indígenas querem plantar, ter melhor alimento, saúde, transporte, educação, ter internet, celular. Então, essa CPI veio em boa hora para esclarecermos e vermos a possibilidade que o sonho dos índios em sua absoluta maioria é poder explorar a sua terra. 
Hoje, [os indígenas] não podem fazer um buraco sem autorização do Ibama, da Funai e do Ministério Público. Ele não quer mais isso, não quer ser tutelado. O índio tá ‘culturado’ no Brasil”. 
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