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Interventora cita altos custos e defende extinção da Empresa Cuiabana de Saúde

Da Redação - Rafael Machado

A interventora do Estado na Saúde Pública de Cuiabá, Danielle Carmona, questionou a existência da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, autarquia ligada à Secretaria Municipal de Saúde.

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Ela explicou que a empresa não conversava com a gestão municipal, durante a administração do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o que acarretava em inúmeras situações negativas, como operações policiais e alto custo para os cofres da prefeitura.

“Hoje, com a intervenção, a empresa Cuiabana está sob a nossa gestão, mas não era assim que funcionava. A direção da empresa Cuiabana não conversava com a gestão da Secretaria Municipal de Saúde. Então, houve inúmeras situações, inúmeras operações que todos vocês acompanharam. O que a gente observa? O custo, quando a gente analisa o custo de um hospital gerenciado pela empresa Cuiabana e o custo de um hospital, que é o caso do Pronto-Socorro antigo, gerenciado direto pela Secretaria Municipal de Saúde, são valores discrepantes”, disse em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (10).

A interventora destacou que a Secretaria de Saúde precisa ter autonomia para fazer a gestão de todas as unidades da cidade. Ela ressaltou que não há definição sobre possível extinção da empresa, no entanto, vê a necessidade de discussão sobre a sua existência.

“A secretaria precisa ter uma autonomia sobre a empresa para que ela possa conduzir todos esses trabalhos. Então, é essa análise que a gente está fazendo. A gente não bateu o martelo. Por isso que nós não lançamos um concurso para a Empresa Cuiabana. Nós lançamos um processo seletivo, porque é algo que já vinha sendo apontado anteriormente, até pela gestão anterior, e que será discutido futuramente. Nada vai ser para agora. É algo que a gente analisou, mas que ainda precisa de um estudo sobre a viabilidade”, contou.

A empresa foi criada em 2013, durante a gestão de Mauro Mendes (União), com o objetivo de administrar e executar serviços de saúde em hospital de alta complexidade autorizado pelo Conselho Municipal de Saúde, além de outras unidades eventualmente delegadas pelo secretário após manifestação prévia do Conselho.
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