Temendo perder recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), descartou, ao menos neste momento, qualquer possibilidade de privatização do Departamento de Água e Esgoto (DAE). Criado em 8 de abril de 1998 através de uma lei municipal, a autarquia é responsável pelos serviços de água e esgoto no município.
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A fala do gestor ocorreu na segunda-feira (27). Na ocasião, Kalil foi questionado sobre a possibilidade da concessão do serviço de saneamento básico à iniciativa privada em meio aos problemas no fornecimento de água que a população várzea-grandense enfrenta há anos.
No momento, Kalil negou fazer a "desestatização" do DAE. Entretanto, disse que, "depois de todos os investimentos feitos", pode abrir conversas e consultar a população sobre a concessão do serviço para alguma empresa privada. “Neste momento a privatização não é uma opção”.
“Até porque eu tenho recursos federais, eu tenho dinheiro do PAC, que está previsto no saneamento básico e se eu privatizar eu perco os recursos. Até o momento, não há possibilidade nenhuma de privatização”, disse.
Segundo o prefeito, os recursos federais, em sua maioria, serão utilizados no esgotamento sanitário e também no abastecimento de água.
“Agora, depois dos investimentos todos feitos, nós vamos abrir a opinião pública, se manifestar. Eu falei isso na campanha. Depois de todos os investimentos feitos e realizados, a gente vai discutir com a sociedade”, continuou.
Em Mato Grosso, o programa do Novo PAC vai investir R$ 60,6 bilhões. Segundo o cronograma do governo federal, VG vai ser beneficiada com obras em abastecimento de água, moradia, infraestrutura para unidades básicas de saúde e educação básica.