Imprimir

Notícias / Política MT

Chico acredita que ano eleitoral pode ter influenciado votos para comissão que pode cassar Emanuel

Da Redação - Rafael Machado

O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), acredita que o período eleitoral pode ter influenciado grande parte de seus colegas a terem votado a favor da abertura da Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Leia também
Tardin desiste de candidatura e vai apoiar reeleição de Kalil em Várzea Grande


O requerimento que pede uma investigação sobre possível infração político-administrativa foi aprovado na sessão ordinária desta terça-feira (12), com 16 votos sim e oito não.

“É possível por ser um ano eleitoral ou em razão de que os vereadores entenderam a existência de elementos que justificassem. Enfim, não cabe conjecturas, o que importa é que a comissão está aberta, está, inclusive, sorteada e agora é dar oportunidade pra que eles façam o trabalho e digo sempre, garantindo o direito ao contraditório e à ampla defesa ao investigado”, ressaltou em entrevista à imprensa após a sessão.

Dos 16 votos a favor da comissão, sete são de parlamentares que são base de sustentação do emedebista no Legislativo, como Jeferson Siqueira (PSD), Kássio Coelho (PRD), Lilo Pinheiro (PDT), Marcus Brito Júnior (PV), Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), Rogério Varanda (MDB), e Wilson Kero Kero (Podemos).

O 17° pedido de abertura da comissão foi apresentado após o prefeito ter sido afastado sob a acusação de liderar uma organização criminosa que provocou danos aos cofres públicos do município.  Em menos de uma semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou a medida e, com isso, ele retornou à função de chefe do Palácio Alencastro.

A comissão vai investigar possível infração político-administrativo, que pode levar a um novo afastamento do prefeito.

A Câmara tenta, desde o ano retrasado, retirar Emanuel da cadeira de chefe do Executivo. No entanto, por ter apoio da maioria do plenário, todos os pedidos foram enterrados.

Com o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que emitiu uma manifestação para reprovar as contas de governo de 2022, e o afastamento do prefeito, há uma expectativa de que o cenário tenha mudado.
Imprimir