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Queimadas no Pantanal tendem a ser catastróficas: 'estamos nos preparando para um evento drástico'

Da Redação - Rafael Machado/ Do Local - Max Aguiar

O cenário previsto para a região do Pantanal mato-grossense durante o período de seca, quando ocorre o maior número de incêndios, é “desastroso”. A informação é do deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), que preside um observatório que acompanha as ações de enfrentamento a queimadas.

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Segundo o parlamentar, a Agência Nacional de Águas (ANA) emitiu um relatório alertando para uma situação terrível durante a seca na região. Por isso, os poderes estão antecipando ações para tentar amenizar a situação.

“Estamos fazendo um trabalho desde o ano passado, furamos poços artesianos na Transpantaneira, veja que absurdo, mas foi necessário, estamos abrindo estradas vicinais para o Corpo de Bombeiros ter acesso mais rápido, pedimos um apoio de R$ 1 milhão para região de Cáceres para fazer estações metrológicas, comprar carro e barco, estamos nos preparando para um evento drástico, nós estamos muito preocupados”, ressaltou.

Em novembro, parte da região do Pantanal mato-grossense foi atingida por um grande incêndio que destruiu mais de 20 mil hectares do Parque Estadual Encontro das Águas, entre Poconé e Barão de Melgaço. O fogo causou grandes impactos ambientais, causando morte de animais e extinção de áreas verdes.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em menos de 15 dias houve mais de 3 mil focos de incêndio no bioma, um recorde que não era registrado desde 2002.

Conforme o sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2023, Mato Grosso registrou 21.515 focos de calor, sendo que a grande parte, 60,39%, aconteceram em regiões com bioma Amazônia, e 17,58% no Pantanal. Somente nos quatro primeiros meses do ano, houve 4.131 focos de calor, sendo que mais de 2 mil aconteceram somente em março. Há previsão de que a situação piore durante o período de seca, entre julho e outubro.
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